A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,5% no trimestre terminado em janeiro, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Houve aumento de 0,3 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior, terminado em outubro, quando a taxa era de 6,2%. No mesmo período do ano passado, no entanto, a desocupação atingia 7,6% da população em idade de trabalhar (14 anos ou mais).
Ao todo, 7,2 milhões de pessoas estão sem emprego no país, um crescimento de 5,3% na comparação com o trimestre anterior. Porém, frente a 2024 (8,3 milhões), o contingente apresentou queda de 13,1% (menos 1,1 milhão de pessoas).
População ocupada
A população ocupada no Brasil ficou em 103 milhões, um recuo de 0,6% no trimestre (menos 641 mil pessoas), após uma sequência de recordes. Na comparação anual, houve crescimento: 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas.
Com isso, 58,2% das pessoas em idade de trabalhar no Brasil estão empregadas. O nível da ocupação caiu 0,5 p.p. no trimestre, mas cresceu 0,9 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado.
Força de trabalho ‘desperdiçada’
O IBGE classifica como desocupadas as pessoas sem trabalho que estão procurando emprego. A soma desse grupo com o dos empregados totaliza a população dentro da força de trabalho no Brasil, que ficou em 110,2 milhões no trimestre terminado em janeiro.
Assim, estão fora da força de trabalho 66,8 milhões de brasileiros, um aumento de 1% no trimestre. São pessoas de 14 anos ou mais desempregadas, mas que não estão em busca de serviço ou disponíveis para trabalhar.
Diante disso, a PNAD calcula que o Brasil tem 18,1 milhões de pessoas subutilizadas, ou seja, que poderiam estar trabalhando, mas estão desocupadas, subocupadas (não trabalham todas as horas que poderiam) ou fora da força de trabalho potencial.
Esse contingente ficou estável no trimestre (17,9 milhões) e recuou 11% (menos 2,2 milhões de pessoas) no ano (20,3 milhões).
A taxa de subutilização ficou em 15,5%, também mostrando estabilidade no trimestre (15,4%) e queda de 2 p.p. no ano (17,6%).
A população desalentada, por sua vez, é de 3,2 milhões, um aumento de 4,8% em relação ao trimestre terminado em outubro (mais 147 mil pessoas), mas uma redução de 10,9% (menos 389 mil pessoas) no último ano.
Os desalentados são pessoas que gostariam de trabalhar e estariam disponíveis, mas não procuraram emprego por acharem que não encontrariam, por falta de qualificação, por exemplo.
Veja os destaques da pesquisa
- Taxa de desocupação: 6,5%
- População desocupada: 7,2 milhões de pessoas
- População ocupada: 103 milhões
- População fora da força de trabalho: 66,8 milhões
- População desalentada: 3,2 milhões
- Empregados com carteira assinada: 39,3 milhões
- Empregados sem carteira assinada: 13,9 milhões
- Trabalhadores por conta própria: 25,8 milhões
- Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões
- Trabalhadores informais: 39,5 milhões
Rendimento médio cresce
As pessoas ocupadas receberam cerca de R$ 3.343 por mês no trimestre terminado em janeiro, por todos os trabalhos que tinham na semana de referência da pesquisa. É o que o IBGE chama de rendimento médio real habitual.
Fonte: G1/Foto: Google