O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, determinou a intimação do delegado da Polícia Federal Hiroshi de Araújo Sakaki, responsável pelas investigações sobre a confusão no aeroporto de Roma com o ministro Alexandre de Moraes, para que indique, em cinco dias, um perito para acompanhar o acesso das partes à mídia que contém as imagens. O acesso ocorrerá no Supremo, em datas a serem marcadas.
O inquérito da Polícia Federal sobre o tumulto revelou que o empresário Roberto Mantovani “parece bater as costas de sua mão direita no rosto de Alexandre Barci”, filho de Moraes.
Em depoimento na PF, Moraes, a esposa e os filhos afirmaram que as ofensas e as agressões sofridas pela família no aeroporto tiveram motivação política e ocorreram com o intuito de causar constrangimento ao magistrado. A defesa dos agressores nega ter havido empurrão e cita desentendimento.
Relembre o caso
Em julho, Alexandre de Moraes estava com a família na Itália, onde deu uma palestra na Universidade de Siena, no Fórum Internacional de Direito. Os brasileiros o encontraram no aeroporto e teriam hostilizado o ministro e sua família com xingamentos e ofensas. Um deles teria agredido fisicamente o filho de Moraes, Alexandre Barci.
Moraes conduziu o TSE durante as eleições de 2022 e é relator dos inquéritos sobre os ataques do 8 de Janeiro às sedes dos Três Poderes.
Os três brasileiros foram abordados pela PF no desembarque do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Os suspeitos estão sendo processados pelo ministro. Segundo o Código Penal, os crimes praticados por brasileiros no exterior ficam sujeitos à lei brasileira.
Moraes, a mulher dele e os três filhos do casal depuseram na Polícia Federal em 24 de julho. No depoimento, o ministro reafirmou as ofensas que ele e a família supostamente receberam dos suspeitos e teria relatado uma agressão a um dos filhos.
*R7/FOTO: GUSTAVO LIMA/STJ – 26.06.2019