Frustrado em deixar os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 de mãos abanando, perdendo a disputa do bronze para o espanhol Pablo Carreño Busta e depois sendo forçado a desistir na dupla mista, o sérvio Novak Djokovic não escondeu as suas emoções na conversa com a imprensa neste sábado. Apesar de não ter conseguido o sonhado “Golden Slam” – quatro títulos do Grand Slam e o ouro olímpico no mesmo ano -, ele garante que valeu a pena ir para Tóquio em busca de tentar fazer história.
“Tenho arrependimentos de não ter vencido uma medalha para o meu país, perdi oportunidades em simples e nas mistas. Não consegui entregar ontem (sexta-feira) e nem hoje (sábado), meu nível de tênis caiu, um pouco por causa das exaustões mental e física. O que não me arrependo é de vir para as Olimpíadas, nem um pouco. Acredito que não há coincidências na vida e tudo acontece por um motivo”, afirmou o número 1 do mundo.
Djokovic lamentou o resultado negativo, mas não se deu por vencido e já pensa até em buscar o ouro novamente na Olimpíada de 2024. “Já tive derrotas doloridas nos Jogos Olímpicos e na minha carreira como um todo e todas elas me fizeram mais forte em todos os aspectos. Quero tentar continuar até os Jogos de Paris e tentar mais medalhas para o meu país”, disse o líder do ranking da ATP.
“Peço desculpas aos fãs sérvios por não ter conseguido. Dei tudo o que podia, fui até o fim e não me sobrou muito, deixei tudo em quadra e as consequências físicas eu espero que não criem um problema para o US Open, mas é algo que não tenho muita certeza agora”, complementou o sérvio, que teve um problema ombro esquerdo e por isso não jogou a disputa do bronze nas mistas.
Questionado sobre mais um momento de fúria, jogando a raquete na arquibancada no começo do segundo set, ele se desculpou pela atitude. “Foi um momento de explosão emocional, no calor da partida, não foi a primeira vez e provavelmente não será a última. Não é legal, com certeza, mas faz parte do que sou. Não gosto de mandar esse tipo de mensagem, peço desculpas, mas somos todos seres humanos e às vezes é difícil controlar as emoções”, completou.
*Estadão Conteúdo