Dupla da Alpine lembra amizade de infância com pódio francês no Brasil

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Segundo colocado no GP de São Paulo neste domingo, Esteban Ocon está se despedindo da Alpine para dar lugar a Jack Doohan em 2025. Mas uma de suas últimas danças com a equipe foi ao lado do compatriota e colega Pierre Gasly, que chegou em terceiro na prova. A conquista pôs dois pilotos franceses representando uma equipe da França no pódio pela primeira vez em mais de 40 anos, e também trouxe boas lembranças para a dupla, que se conhece desde a infância.

– Eu não sabia dessa estatística. É bem legal, o povo francês teve que esperar por um longo tempo. Isso torna um dia muito especial. Foi Jean Alesi e… (Alain) Prost? Bem, para toda a equipe, Esteban e eu, a temporada tem sido muito difícil. A gente tem tratado os fins de semana com a mesma abordagem, a mesma mentalidade, de tentar dar nosso melhor mesmo sabendo que nossas chances não são muito grandes. Mas é uma questão de nunca desistir, porque em dias como hoje, tudo é possível. Sou muito grato por todo o trabalho do time porque faz tudo valer a pena – celebrou Gasly.

O feito conquistado hoje por Gasly e Ocon quebrou um jejum que perdurava desde 1982: naquele ano, os colegas René Arnoux e Alain Prost dividiram uma dobradinha no GP da França, vencido por Arnoux, quando ambos representavam a Renault – antigo nome da atual Alpine. De lá pra cá, a França conquistou mais 185 pódios na F1, mas não com essas exatas configurações.

A conquista dos dois pilotos se deu, coincidentemente, na etapa em que o maior vencedor é um francês: Alain Prost já conquistou seis vitórias no Brasil, sendo uma em Interlagos e as outras cinco no antigo Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

– Eu não saí ainda (da Alpine), tem mais três corridas por vir, mas estou feliz. São cinco anos de bons momentos, alguns momentos difíceis, é claro. Estou muito feliz e orgulhoso; eu e Pierre. Foi incrível fazer essa última volta de formação (sob chuva), tivemos um monte de memórias dos tempos de kart na chuva quando éramos jovens, até na neve com os pneus de pista seca. É uma bonita história, lembrar de onde viemos e onde chegamos – recordou Ocon.

Esse foi o primeiro pódio de ambos os pilotos em 2024. A última vez que Ocon terminou uma corrida entre os três primeiros foi no GP de Mônaco de 2023, chegando em terceiro lugar; meses mais tarde, na Holanda, foi a vez de Gasly repetir o resultado.

Os dois cresceram juntos, desde o tempo do kart, mas se distanciaram por causa da crescente rivalidade entre eles. Ocon estreou na F1 no fim de 2016 pela Manor, enquanto seu compatriota Gasly chegou em 2017, após seu título da GP2 Series (atual Fórmula 2).

Mas nem tudo foi flores na relação entre eles: os dois já bateram algumas vezes, com responsabilidade compartilhada; nos GPs da Austrália e Hungria de 2023, e em 2024, na etapa de Mônaco. A equipe chegou a alertar Ocon para que evitasse conflitos com o desafeto, com quem agora parece se dar melhor que antes.

Para o ano que vem, Gasly teve sua vaga na Alpine assegurada. Já Ocon, que partirá ao fim desta temporada, ainda não tem um assento na temporada 2025 da F1.

Fonte: Globo Esporte/Foto: Vince Mignott/MB Media/Getty Images

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