Fernando Diniz foi demitido nesta sexta-feira do cargo de treinador da seleção brasileira. A decisão foi tomada pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, um dia depois de ter sido reconduzido ao cargo por uma decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota, a entidade agradeceu ao técnico do Fluminense e ressaltou a urgência de eleger uma comissão definitiva.
Ednaldo Rodrigues comunicou a decisão na noite de quinta-feira a Mario Bittencourt, presidente do Fluminense – clube que também emprega Fernando Diniz como treinador. Na tarde desta sexta-feira, o presidente da CBF entrou em contato diretamente com o técnico.
Na conversa, o dirigente afirmou que gostou do trabalho do treinador na Seleção, mas ressaltou que havia prometido a Mario Bittencourt que não tiraria Diniz do Fluminense.
Veja a nota da CBF na íntegra:
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, conversou na noite desta quinta-feira (4), com o presidente do Fluminense Football Club, Mario Bittencourt, a respeito da decisão de contratar um técnico em definitivo para a Seleção Brasileira Masculina de futebol, visando a preparação do time para a Copa do Mundo FIFA 2026.
A decisão foi informada ao técnico Fernando Diniz pelo próprio presidente, nesta sexta-feira (5), quando explicou os motivos da antecipação no processo de escolha de um treinador definitivo.
A CBF agradece a Fernando Diniz pelo trabalho realizado, por toda a sua dedicação e seriedade e pelo desafio de renovar a Seleção Brasileira durante o período em que esteve à frente da equipe. Desejamos toda sorte a Fernando Diniz.
Diniz se despede da passagem pela CBF com apenas seis jogos pela Seleção – com duas vitórias, três derrotas e um empate.
A passagem de Fernando Diniz pela seleção brasileira durou seis jogos, todos pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026: vitórias sobre Bolívia e Peru, empate com a Venezuela, derrotas para Uruguai, Colômbia e Argentina.
Diniz foi contratado no dia 4 de julho de 2023 para dirigir a seleção brasileira por um ano. O plano de Ednaldo Rodrigues era que o técnico do Fluminense ficasse até a chegada de Carlo Ancelotti, em junho de 2024. Mas o italiano acabou renovando com o Real Madrid.
Ednaldo Rodrigues foi destituído da presidência da CBF no dia 7 de dezembro, por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Nesse período, a entidade foi comandada pelo interventor José Perdiz. Na última quinta-feira, uma liminar do STF reconduziu Ednaldo à presidência.
Em seu retorno à CBF, o dirigente decidiu encerrar imediatamente a passagem de Diniz. No planejamento inicial, o treinador ainda comandaria a Seleção nos dois amistosos de março, contra Inglaterra e Espanha. Mas isso não vai acontecer
Foto: Gil Gomes/AGIF
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