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Em 15 anos, alternativas ao plástico podem reduzir 8,2 mi de toneladas de resíduos no Brasil

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Entre 2025 e 2040, o Brasil poderá evitar a geração de 8,2 milhões de toneladas de resíduos e reduzir 18 milhões de toneladas de emissões de CO₂ ao substituir plásticos aplicados por alternativas mais sustentáveis. A poluição atmosférica, uma das maiores ameaças ambientais globais segundo a ONU, exige ações urgentes.

Nesse contexto, um Tratado Global Contra a Poluição Plástica está sendo negociado, com discussões finais programadas para ocorrer na Coreia do Sul até 1º de dezembro.

Um estudo conduzido pela consultoria Systemiq, a pedido das organizações Oceana e WWF Brasil, destacou que a remoção gradual dos plásticos pode beneficiar o meio ambiente e interferir na economia brasileira.

Atualmente, o Brasil é o maior produtor e poluidor de plástico na América Latina, colocando no mercado cerca de 500 bilhões de itens aplicados por ano. Porém, apenas uma fração desse volume é reciclada, resultando em 1,3 milhão de toneladas de plástico descartadas nos oceanos anualmente.

Impactos Ambientais e Econômicos

A substituição de plásticos por materiais como papel, vidro e alumínio pode reduzir significativamente os resíduos e as emissões de carbono. Essa mudança é equivalente a retirar 3,9 milhões de carros de circulação por um ano.

Apesar de uma redução de empregos diretamente no setor plástico, o mercado de materiais alternativos pode compensar grande parte desse impacto, gerando novas oportunidades e movimentando até R$ 17,3 bilhões na economia.

Além disso, a transição pode fortalecer a bioeconomia e promover modelos de negócios inovadores. Lara Iwanicki, gerente sênior de advocacia da Oceana, enfatiza que o Brasil está preparado para liderar essa transformação.

Iwanicki destaca, por exemplo, importância de aprovar políticas públicas como o Projeto de Lei 2524/2022, que propõe a remoção gradual de plásticos proprietários.

O Projeto de Lei 2524/2022, em tramitação no Senado, representa um passo importante rumo à adoção de uma circular de economia. Proposto pelo senador Jean Paul Prates (PT/RN), o projeto visa substituir plásticos de uso exclusivo por materiais recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis, reduzindo assim a dependência de plásticos e os impactos ambientais causados pelo seu descarte.

Para garantir o sucesso da transição, é essencial que o governo ofereça incentivos econômicos que fortaleçam indústrias emergentes, como a de produtos compostáveis, além de garantir a competitividade de pequenas e médias empresas no mercado.

Oportunidade de Liderança Global

Uma pesquisa do WWF Brasil revelou que 85% dos brasileiros apoiam a criação de regras para reduzir a produção de plástico.

Com a participação na INC-5, o Brasil tem a chance de assumir uma liderança global na luta contra a poluição plástica, incentivando a adoção de metas claras e ações concretas.

Michel Santos, gerente de políticas públicas do WWF Brasil, reforça que, com apoio governamental, é possível equilibrar ganhos ambientais com desenvolvimento econômico.

Segundo ele, “esta é uma oportunidade para o Brasil não apenas reduzir a poluição plástica, mas também liderou um movimento global por inovação e sustentabilidade”.

 

*R7/Foto: Reprodução 

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