Ex-namorado de Djidja Cardoso e coach são presos em nova fase da investigação sobre morte de empresária

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O ex-namorado de Djidja Cardoso, Bruno Roberto, e o coach Hatus Silveira foram presos nesta sexta-feira (7) em uma nova fase da investigação que apura a morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido. Ela foi encontrada morta no último dia 28, em Manaus, e a polícia suspeita de overdose de cetamina.

Além deles, dois funcionários da clínica veterinária suspeita de fornecer cetamina à família de Djidja foram presos.

Na segunda-feira (3), Bruno foi ouvido pela polícia como testemunha do caso. Já na terça-feira (4), as equipes de investigação ouviram Hatus. Além dos dois, a mãe da ex-sinhazinha, Cleusimar Cardoso, o irmão dela, Ademar Cardoso, e três funcionários de uma rede de salões administrada pela empresária também estão detidos.

Hatus se identificava como personal trainer de Djidja, mas a Associação dos Profissionais de Educação Física e Atividade Motora (Apefam) afirmou que ele não tem registro para exercer a profissão. Nas redes sociais, Silveira se identifica como coach.

Conforme apuração da Rede Amazônica, o ex-namorado e personal trainer contou em depoimento à polícia que teria se afastado da ex-sinhazinha e do grupo religioso criado pela família dela após ser advertido por um médico sobre os riscos do uso da cetamina.

Há pouco mais de um mês, a polícia começou a investigar Djidja, o irmão e a mãe, Ademar e Cleusimar Cardoso, por tráfico de cetamina. Segundo o inquérito, os três criaram um grupo religioso chamado, “Pai, Mãe, Vida”, que incentivava o uso da droga para alcançar uma falsa plenitude espiritual.

Bruno, inclusive, tinha uma tatuagem com o nome da seita. Ao se afastar da ex, ele teria coberto o desenho que fez baseado nos ensinamentos da doutrina.

“Ele disse que efetivamente tinha feito a tatuagem durante um dos encontros que foi feito na casa dos investigados, onde eles firmaram compromisso de todos realizarem essa tatuagem. Vi que ele já havia remarcado a tatuagem com outra por cima”, informou o delegado Cícero Túlio.

Segundo as investigações, Bruno estava na casa da ex-sinhazinha no dia em que ela foi encontrada morta. Foi ele quem teria acionado a polícia para comunicar a ocorrência.

Bruno é suspeito de ter abandonado o carro da empresária em uma avenida de Manaus, logo após a morte dela. Segundo a defesa dele, o veículo foi deixado no local após uma pane mecânica.

Coach disse que ex-sinhazinha aplicou cetamina nele

Coach Hatus Silveira também foi preso. — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Já à polícia, o coach Hatus Silveira revelou que a ex-sinhazinha aplicou cetamina de surpresa nele durante uma visita até a casa onde ela morava. Ele prestou, durante duas horas, depoimento à polícia sobre a relação que teve com a família Cardoso, na tarde desta terça-feira (4).

Segundo Hatus, ele foi convidado pela família para ir até a casa, pois eles queriam voltar a treinar para recuperar o condicionamento físico. Quando chegou ao local, ele disse que a mãe de Djidja, Cleusimar Cardoso, ofereceu cetamina a ele, que negou.

“Nesse dia que eu fui lá, tinha sete pessoas sentadas na sala, com uma tv escrito ‘Cartas de Cristo’. Quando passei por lá, a ‘dona Cleu’ falou ‘você tem que usar isso, você tem que sair da Matrix’. Eu falei que conhecia esse tipo de droga e que não ia usar”, disse Hatus.

Ele contou que após a oferta, deixou a sala e foi para a cozinha, onde estavam Ademar Cardoso, irmão de Djidja, e a companheira dele, que estava visivelmente debilitada. Enquanto conversava com Ademar na cozinha, Hatus contou ainda que Djidja chegou por suas costas e aplicou cetamina em seu braço sem que ele tivesse consentido.

“Quando eu estava conversando com o Ademar, eu estava de costas e chegaram com a agulha e aplicaram em mim. Muito rápido. Eu falei ‘Não faça isso’. Eu fiquei tonto por uns 15 minutos”, lembrou Hatus

Segundo a polícia, a mãe de Djida, Cleusimar Cardoso, tinha o costume de gravar a família sob efeito de cetamina e também registrava os momentos em que os filhos faziam as aplicações, utilizando seringas.

As imagens, obtidas com exclusividade pela Rede Amazônica, foram incluídas pela polícia na investigação sobre o caso. Segundo a polícia, as gravações foram feitas na casa onde Djidja foi achada morta, na Zona Norte de Manaus. (Veja no vídeo acima).

Causa da morte de Djida

Djidja, que por cinco anos foi uma das estrelas do Festival de Parintins, foi encontrada morta no último dia 28. O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a morte da ex-sinhazinha foi causada por um edema cerebral que afetou o funcionamento do coração e da respiração.

O laudo, no entanto, não aponta o que teria levado Djidja ao quadro.

A principal hipótese da polícia é de que a morte da ex-sinhazinha tenha relação com uma overdose de cetamina, substância anestésica que causa efeitos alucinógenos, sensação de bem-estar e tem potencial sedativo quando usado como droga recreativa.

O resultado final da necrópsia e o exame toxicológico devem ficar prontos ainda este mês.

*G1/AM/Foto: Rede Amazônica

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