O Exército indiano enviou, neste domingo (26), mais maquinaria “essencial” para continuar as operações de resgate dos 41 trabalhadores presos já há 14 dias em um túnel que desabou no norte do país.
As Forças Aéreas declararam que estavam agindo “rapidamente” para enviar uma terceira remessa de equipamentos diante dos múltiplos obstáculos que impediam o andamento das operações desde o colapso parcial do túnel Silkyara em construção, em 12 de novembro, no estado do Himalaia de Uttarakhand.
As equipes de resgate dispõem agora de um dispositivo de corte a plasma, que permitirá eliminar as grossas barras metálicas e os veículos de construção que bloqueiam a perfuração de uma cavidade para colocar um grande tubo de aço por onde os trabalhadores poderiam sair.
Em operações anteriores, uma furadeira quebrou a apenas nove metros do local onde os trabalhadores estavam presos.
Entrada do túnel que desabou na Índia
ARUN SANKAR/AFP – 24.11.2023
Segundo a Força Aérea, esse dispositivo “essencial” vem da Organização Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa, braço governamental de avanços tecnológicos em defesa.
O ministro-chefe de Uttarakhand, Pushkar Singh Dhami, anunciou no sábado (25) que uma abertura vertical estava começando a ser escavada para tentar chegar ao túnel, cerca de 89 metros abaixo, em uma operação complexa acima dos trabalhadores presos.
No túnel, os homens têm um espaço de 8,5 metros de altura e 2 quilômetros de extensão. Eles sobreviveram por 14 dias graças ao fornecimento de oxigênio, alimentos, água e eletricidade. Uma câmera endoscópica também foi introduzida para poder se comunicar com eles.
Em outra operação, também foi iniciada a perfuração de uma abertura na outra extremidade do túnel, mas é um procedimento bem mais longo, de cerca de 480 metros.
Segundo Dhami, os trabalhadores estão “incentivados” e dispõem de uma central telefônica para falar com os seus familiares.
*R7/FOTO; ARUN SANKAR/AFP – 25.11.2023