A passagem do furacão Otis pela costa oeste do México deixou 27 mortos e 4 desaparecidos, informou Rosa Icela Rodriguez, secretária de Segurança do México, nesta quinta-feira (26).
Os ventos atingiram velocidade de 270 km/h na terça-feira (24) e deixou a cidade de Acapulco sem comunicação. O furacão provocou inundações e deslizamentos. A cidade turística de quase 1 milhão de habitantes ainda sofreu com saques e residentes sem eletricidade e serviços de comunicação.
Na quarta-feira, cerca de 10 mil militares foram destacados para ajudar na limpeza da área. As aulas nas escolas continuam suspensas.
A governadora do estado, Evelyn Salgado, informou via rede social que as autoridades estão trabalhando para reestabelecer a energia e reativar as bombas de área potável na cidade. Cerca de 300 mil pessoas continuam sem eletricidade.
Segundo o governo do estado de Guerrero, 80% dos hotéis de Acapulco foram afetados pelo furacão e foram colocados veículos para ajudar retirar os turistas da cidade.
Furacão de categoria 5
Os ventos se fortaleceram rapidamente, passando de uma tempestade tropical a um furacão de categoria 5 em 12 horas. Depois de tocar o solo, o furacão regrediu até a categoria 1 deixando regiões sem energia, sem comunicação, com árvores derrubadas, inundações e deslizamentos de terra.
“Estamos em alerta máximo”, disse a prefeita de Acapulco, Abelina López, na noite de terça, enquanto pedia aos moradores para se protegerem em suas casas ou se mudassem para os abrigos espalhados pela cidade.
A agência nacional de águas do México, CONAGUA, alertou sobre ondas de seis a oito metros no estado de Guerrero, onde fica Acapulco, e também em partes do estado de Oaxaca.
Segundo o presidente do país, Andrés Manuel López Obrador, o Otis pode ser mais devastador do que o furacão Pauline que atingiu Acapulco em 1997, destruindo áreas da cidade e matando mais de 200 pessoas.
Acapulco é uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes na parte baixa de montanhas íngremes. Casas luxuosas e algumas favelas também cobrem as encostas da cidade.
Guerrero é um dos estados mais empobrecidos e violentos do México.
Foto: Marco Ugarte/AP
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