O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, enviou na manhã desta segunda-feira (17) o projeto que prevê o reajuste salarial das forças de segurança do DF para o governo federal. A proposta de aumento ultrapassa os 35% dependendo do cargo, e equipara os salários do Corpo de Bombeiros Militar e das polícias Civil e Militar aos salários da Polícia Federal.
A expectativa é que o aumento seja pago em duas parcelas: a primeira em setembro deste ano, e a segunda em maio de 2026.
O impacto bruto previsto no orçamento do DF seria de R$ 2,3 bilhões, segundo estimativa da Secretaria de Economia da capital do país. A medida, no entanto, precisa de aprovação do governo federal e do Congresso Nacional, porque as corporações do DF são custeadas com dinheiro da União, no chamado Fundo Constitucional do DF.
Ibaneis, no entanto, observa que o aumento seria pago com os recursos atuais do fundo, sem necessidade de novo repasse da União.
“Chegou o momento de deixar de lado as ideologias. É hora de unir todos os parlamentares, seja ele de direita, de esquerda ou de centro. E envio um pedido muito especial ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que nos ajude no encaminhamento mais breve [ao Congresso Nacional]. Os estudos que foram feitos pela nossa equipe técnica dão suporte a esse reajuste e por isso chegou a hora da gente trabalhar como trabalhamos pelo Fundo Constitucional: todos unidos pelas forças de segurança”, disse.
Ibaneis pediu ao presidente Lula que ele acolhesse de forma imediata a proposta. “Quero deixar para todos vocês o meu compromisso que assim que for encaminhada [a proposta] ao Congresso Nacional vou procurar todos os presidentes e líderes de partido para termos uma votação mais rápida possível”, disse.
Segunda capital mais segura
O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, ressaltou as conquistas das forças de segurança e a redução da taxa de homicídios na capital federal, principalmente da pesquisa que aponta o DF como segunda capital mais segura do país.
“Há 15 anos, tínhamos no Brasil um índice muito preocupante de 27 mortes por homicídio a cada 100 mil habitantes. Naquela época, Brasília tinha 31 mortes por homicídio a cada 100 mil habitantes. Hoje, em 2024, nós tivemos pela primeira vez na série histórica o índice de homicídio de 6,9 a cada 100 mil habitantes”, ressaltou.
Avelar destacou a importância da atuação dos bombeiros para que o DF alcançasse a redução. “Muitos casos que seriam homicídios se tornaram tentativas de homicídio graças a eficiência e rapidez [do Corpo de Bombeiros Militar do DF]”, disse, reforçando a importância da corporação também receber o reajuste salarial.
*R7/Foto: Renato Alves/ Agência Brasília – 11.02.2025