O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) quer delimitar, em até dois anos, a área de 767 sítios arqueológicos em 45 municípios do Amazonas. De acordo com o instituto, os locais constam no Cadastro Nacional dos Sítios Arqueológicos, mas ainda não têm coordenadas geográficas completas. Uma empresa foi contratada para realizar a pesquisa in loco.
A maioria dos sítios que serão mapeados está localizada em sete municípios do interior do Amazonas: Coari (86), Novo Airão (63), Manicoré (60), Barcelos (59), Borba (41), Tefé (41) e Maraã (40).
Entre os lugares que serão visitados está a Comunidade Bom Jesus da Ponta da Castanha, na Floresta Nacional de Tefé (a 522 quilômetros de Manaus). No local, foram encontrados artefatos indígenas descritos nas crônicas de Gaspar de Carvajal, padre espanhol que navegou pelo Rio Amazonas no século 16.
Sítios arqueológicos são os locais nos quais se encontram vestígios resultantes de atividades humanas, anteriores ou posteriores ao período colonial, localizados em superfícies, subsuperfícies ou submersos. Podem ser gravuras rupestres, sambaquis, geoglifos, naufrágios, estruturas históricas e casas subterrâneas, dentre outros.
No Amazonas, a visita aos sítios arqueológicos será feita por arqueólogos da empresa Santos e Veiga Engenharia (Inside Consultoria Científica), que foi contratada no dia 17 de dezembro para prestar os serviços por R$ 943,4 mil. O prazo para conclusão do mapeamento é de dois anos.
O termo de referência do contrato prevê que os trabalhos sejam feitos por equipe com, pelo menos, cinco arqueólogos, quatro auxiliares, dois técnicos em geoprocessamento e um profissional experiente na área indígena.
A equipe de mapeamento também deverá visitar sítios arqueológicos em Presidente Figueiredo, Maués, São Gabriel da Cachoeira, Parintins e Careiro da Várzea.
Fonte: Amazonas Atual/Foto: Instituto Mamirauá/Divulgação