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Justiça decide se acusados de planejar chacina no DF devem ir a júri popular; relembre o caso

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O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) começa a ouvir nesta terça-feira (13) testemunhas e os acusados de planejar a chacina que resultou na morte de 10 pessoas da mesma família no Distrito Federal, em janeiro deste ano. Nas audiências, o juiz também vai decidir se os cinco acusados devem ir a júri popular (confira os crimes pelos quais cada um deve responder abaixo). O caso veio à tona quando a cabeleireira Elizamar Silva, de 39 anos, sumiu com seus três filhos.

O juiz Taciano Vogado Rodrigues Júnior também reservou essa quinta (14) e sexta-feira (15) para realizar as audiências de instrução. Um forte esquema de segurança foi montado no Fórum de Planaltina, que deve receber as testemunhas e acusados. Familiares e amigos das vítimas também vão poder acompanhar o rito (relembre o caso abaixo).

Ao R7, o delegado responsável pela investigação, Ricardo Viana, afirmou que o caso foi um dos mais desafiantes para a polícia do DF.

“Entendo que a investigação assimilou provas robustas e as encaminhou ao Poder Judiciário e ao Ministério Público. Abstenho de me pronunciar neste momento em respeito à fase processual que está em curso, mas creio e torço para que a sociedade, no caso, o Tribunal do Júri, dê a resposta compatível à magnitude dos fatos apurados”, completou.

As primeiras testemunhas a serem ouvidas são as indicadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e, em seguida, as de defesa. Ao todo, os cinco acusados respondem por mais de 100 crimes.

O caso

As investigações mostraram que Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, Fabrício Silva Canhedo, Carlomam dos Santos Nogueira e Carlos Henrique Alves da Silva se associaram para tomar a chácara Quilombo, no Itapoã. O dono era uma das vítimas – Marcos Antônio Lopes de Oliveira.

27 de dezembro

Gideon, Horácio e Carloman, acompanhados de um adolescente, foram à residência de Marcos, onde também estavam sua esposa, Renata Juliene Belchior, e sua filha, Gabriela Belchior de Oliveira. Marcos foi atingido por um tiro e as duas mulheres foram rendidas. Os criminosos levaram aproximadamente R$ 49,5 mil que estavam no local.

As três vítimas foram levadas para um cativeiro preparado na região do Vale do Sol, em Planaltina. No local, Marcos foi assassinado por Gideon e Horácio. Com a ajuda de Carloman e do adolescente, o corpo foi enterrado no mesmo terreno. As mulheres permaneceram no cativeiro.

28 de dezembro

Fabrício assumiu a vigilância do cativeiro. O adolescente, por motivo desconhecido, fugiu do local. As vítimas foram ameaçadas para que fornecessem as senhas de seus celulares e de contas bancárias.

Com isso, o grupo começou a se passar pelas vítimas e pôde monitorar os passos de Cláudia da Rocha Marques e Ana Beatriz Marques de Oliveira, respectivamente, ex-esposa e filha de Marcos. O objetivo era atraí-las para uma emboscada e subtrair R$ 200 mil referentes à venda de um lote.

2 e 4 de janeiro

Gideon, Horácio e Carloman foram à casa das duas. Elas foram rendidas, amarradas e levadas para o cativeiro onde já estavam Renata e Gabriela. As duas também foram ameaçadas para fornecer as senhas dos celulares e de contas bancárias.

O acesso aos telefones das duas mulheres levou o trio a acreditar que Thiago Gabriel Belchior de Oliveira, filho de Marcos e Renata, poderia atrapalhar seus planos. Por esse motivo, decidiram matá-lo.

12 de janeiro

Por meio dos celulares das vítimas, ele foi atraído à chácara. No local, Thiago foi rendido por Carloman e Carlos Henrique, enquanto Horácio fingia também ser vítima da abordagem. O homem foi levado ao cativeiro onde estavam as quatro mulheres.

Como havia feito antes, o grupo ameaçou Thiago para obter a senha de seu celular. Com acesso ao aparelho, começaram a fazer contato com Elizamar, esposa de Thiago. Eles atraíram a mulher, junto com os três filhos pequenos. O grupo foi rendido e levado a Cristalina (GO), onde foram estrangulados até a morte. Os corpos foram encontrados dentro do carro de Elizamar.

14 de janeiro

Renata e Gabriela foram levadas até Unaí (MG), onde foram estranguladas até a morte e tiveram seus corpos queimados. Depois desse duplo assassinato, Fabrício abandonou o plano após se desentender com Gideon, Horácio e Carloman.

15 de janeiro

Gideon determinou que os outros dois matassem Cláudia, Ana Beatriz e Thiago. Os três foram levados a uma cisterna próxima ao cativeiro e executados.

As vítimas

– Elizamar Silva, 39 anos: cabeleireira;
– Thiago Gabriel Belchior, 30 anos: marido de Elizamar Silva;
– Rafael da Silva, 6 anos: filho de Elizamar e Thiago;
– Rafaela da Silva, 6 anos: filha de Elizamar e Thiago;
– Gabriel da Silva, 7 anos: filho de Elizamar e Thiago;
– Marcos Antônio Lopes De Oliveira, 54 anos: pai de Thiago e sogro de Elizamar;
– Renata Juliene Belchior, 52 anos: mãe de Thiago e sogra de Elizamar;
– Gabriela Belchior, 25 anos: irmã de Thiago e cunhada de Elizamar;
– Cláudia Regina Marques De Oliveira, 54 anos: ex-mulher de Marcos Antônio;
– Ana Beatriz Marques De Oliveira, 19 anos: filha de Cláudia e Marcos Antônio.

Os crimes

Gideon Batista de Menezes: homicídio triplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime); homicídio duplamente qualificado (uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime); ocultação e destruição de cadáver; corrupção de menores; sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal com uso de arma, associação criminosa e roubo.

Horácio Carlos Ferreira Barbosa: homicídio quadruplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, intenção de obter impunidade para outro crime e vítima menor de 14 anos); homicídio triplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime); homicídio duplamente qualificado (uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime); ocultação e destruição de cadáver; corrupção de menores; extorsão mediante sequestro; sequestro e cárcere privado; constrangimento ilegal com uso de arma; associação criminosa, roubo e fraude processual.

Carlomam dos Santos Nogueira: homicídio quadruplamente qualificado (uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, intenção de obter impunidade para outro crime e vítima menor de 14 anos); homicídio triplamente qualificado (emprego de meio cruel; uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime); extorsão mediante sequestro; corrupção de menor; ocultação e destruição de cadáver; sequestro e cárcere privado; ameaça com uso de arma, associação criminosa e constrangimento ilegal com uso de arma e roubo.

Carlos Henrique Alves da Silva: homicídio duplamente qualificado (recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime); sequestro e cárcere privado.

Fabrício Silva Canhedo: extorsão mediante sequestro; associação criminosa; roubo e fraude processual.

*R 7/ FOTO: FOTO: REPRODUÇÃO/RECORD TV BRASÍLIA

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