Justiça ouve último réu envolvido em morte de PM dentro de batalhão

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A Vara da Auditoria Militar do Estado do Amazonas ouviu nesta segunda-feira (22) o sargento da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), Júlio Henrique Gama, réu no processo que investiga a morte da soldado Deusiane da Silva Pinheiro, 26 anos, encontrada morta dentro da Companhia Fluvial do Batalhão Ambiental, localizado no bairro Tarumã, na zona Oeste de Manaus, em abril de 2015. Encerrada a fase de instrução, agora o processo avança para etapa de alegações para depois ser levado a julgamento. 

Além de Gama, já foram ouvidos os sargentos Cosme Moura Souza, Narcízio Guimarães Neto, Jairo Oliveira Gomes e Elson dos Santos de Brito, acusado pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) com autor do disparo que matou a vítima. De acordo com o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) a decisão será proferida pelo juiz de Direito da Auditoria Militar Alcides Carvalho Filho em conjunto com o Conselho Permanente de Justiça, formado por oficiais da PMAM.

Investigação
 
Deusiane morreu no dia 1º de abril de 2015 na unidade militar onde atuava, com um disparo de arma de fogo que a atingiu na região da cabeça. O MPAM, que ofereceu a denúncia do crime de homicídio em julho de 2017, sustenta a tese de que a soldado teria sido morta pelo ex-namorado, na época cabo, Elson dos Santos Brito. A defesa do réu, no entanto, sustenta a tese que a jovem teria cometido suicídio.

Familiares da soldado questionaram a alegação que a jovem teria cometido suicídio. Elson dos Santos é acusado de homicídio doloso qualificado por motivo torpe, e Jairo, Cosme, Narcízio e Júlio foram denunciados por falso testemunho. Todos respondem o processo em liberdade. Segundo a denúncia do MP-AM, os laudos periciais das armas apresentadas, os registros lançados pelo armeiro Jairo Oliveira Gomes e os depoimentos colhidos contrariam a versão de suicídio.

Denúncia

Segundo a denúncia formulada pelo promotor de Justiça Edinaldo Aquino Medeiros, Elson matou Deusiane, trocou o ferrolho da arma por outro ferrolho apresentou armamento como sendo o utilizado no suposto suicídio. Conforme o órgão ministerial, a troca dos ferrolhos teria sido feita com a conivência dos demais PMs envolvidos no processo. Na primeira audiência de instrução, ocorrida em abril de 2018, foi colhido o depoimento de oito pessoas arroladas pela acusação. 

Testemunhas informaram que Deusiane e Elson viviam um relacionamento conturbado motivado por ciúmes do sargento, que na época do crime era cabo. Testemunhas relatara ainda que a situação entre o casal se agravou depois que Elson reatou com a ex-companheira, a ainda assim insistia manter relacionamento afetivo com Deusiane, que não aceitava o triângulo amoroso. A vítima exigiu uma solução para o impasse e acabou sendo morta.

Foto: Arquivo Pessoal/ *A crítica

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