O artigo 14 da Constituição Federal regulamenta o processo do Escrutínio: o direito do exercício ao voto. O voto impresso e auditável é uma urgência para o país depois de tanta desconfiança sobre a exclusividade das tais urnas eletrônicas. Depois de 25 anos de uso das urnas nas eleições, já passou da hora de modernizar e trocar o velho processo cambaleante e duvidoso. Hoje falar de urna eletrônica, ao nível popular, é falar em desconfiança de fraude, dúvidas sobre “cartas marcadas” em todos os universos políticos, do federal ao estadual e ao municipal. E, segundo o dito popular, “onde há fumaça, há fogo”. O que fez boa parte da quase metade do país (segundo as tais urnas e a mídia nacional) não aceitar o resultado das eleições de 2022 e, em seguida, uma atrás da outra, esse mesmo povo, fazer dezenas de manifestações, indo do final de 2022 até o fatídico dia 08 de janeiro de 2023? Que se soube, essa parte do povo pediu, em forma de protestos, para os responsáveis pelo processo eleitoral mostrarem os “bolsos vazios”, num gesto de honestidade. Mas, parece que eles, os ditos responsáveis, não mostraram e, para aumentar a desconfiança, deram um jeito de costurar os bolsos com as linhas mal escritas de leis mal interpretadas. Se não roubou, mas há a desconfiança sobre o roubo, então, normalmente, se mostra os bolsos e deixe que se comprovem que ali nada há além de vento. Sem prova incansavelmente solicitada, sem flagrante deliberadamente oculto, sem vítima mais do que identificada, para os “deuses”, portanto, não há crime. Na dúvida, pró réu. E o povo, segundo dizem as más línguas, se tornou réu do réu e de todo o seu séquito de “A” a “J”. Tudo o que o Congresso fez até agora, nesse ano de 2023, inclusive os desdobramentos do “08 de janeiro” que não se sabe até onde irá no tempo, e mais tudo que fará nos próximos anos até as eleições de 2026 não terá a mínima importância, não fará o menor efeito para o bom futuro do Brasil e o seu povo, se ele, o Congresso, não mudar a forma de escrutínio com a utilização de um sistema confiável e que não dê nenhuma margem de dúvida ao processo eleitoral. Ou seja, um processo eleitoral transparente, justo e honesto, para ser claramente redundante. Seria o “Fora Urnas Eletrônicas”! Bobagem falar em gastos de 2,5 bilhões de reais para instalar um sistema do voto impresso e auditável. Ou alguém de peito ousou colocar o “dedo na ferida” dos preços das diárias milionárias dos hotéis luxuosos pagas nas viagens pelo mundo afora? Haja “canetas”!
Por: Elias do Brasil / escritor e historiador, membro do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB) e articulista.