“Minha falha mais grave”. A História “armazena” os fatos ocorridos no passado em uma sociedade e os oferece ao estudo crítico dos cientistas, dos historiadores, dos demais especialistas e do “comum” do povo. A apresentação dos fatos históricos cabe a quem “descobriu” o documento onde está registrado o fato histórico e nem sempre esse fato está “visível” e fácil de descobrir. As “múmias egípcias” são as provas disso. Depois da “facada” e da vitória nas eleições de 2018, o Bolsonaro “demorou um pouco” para “sair” do escritório do deputado e ir para o gabinete da presidência. Talvez, alguns dos seus filhos e alguns assessores generais deram uma “ajudinha” nessa “demora”. Sair da “periferia política” e se mudar para o “condomínio de luxo” do alto escalão do governo não foi fácil. Meio grosseiro, meio sem tato, foi “chutando o balde” com a sua autenticidade. Ainda no período eleitoral, disse que não participaria da velha política brasileira do “toma-lá-dá-cá” e no início do governo conseguiu indicar todos os ministros do jeito que pensava, sem trocar cargos com partidos políticos. Mas, a arte de fazer política é “fazer política” e ele não foi “conversar” com os possíveis aliados políticos, como o “Centrão”. E o fez mais à frente, já com a “corda no pescoço”. Vide as tais “emendas secretas”. Talvez, um dos seus maiores equívocos foi não “analisar” a importância e o respeito que o povo tinha pelas Forças Armadas e, naturalmente, o grande aliado que estava ao seu lado. Sabidamente, as Forças Armadas eram as instituições mais bem aceitas e queridas pelo povo. Talvez, mais importante que a “aliança” com o “Centrão”, seria uma forte “aliança” com as Forças Armadas. Essas que o povo confiou e resistiu à frente dos quartéis até o fatídico “08 de janeiro”. Não aquelas, “invisíveis”, que traiu o povo. Quantas vezes “vestiu a farda do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica” e foi participar dos exercícios militares? O “general” só conhece a sua tropa se “respira o pó” que os soldados respiram, se come a comida que eles comem, se “molha” a farda com o suor da peleja. Osório era assim, Marcílio Dias “deu” a própria vida por se orgulhar da sua pátria e dos seus chefes, como Barroso que lutava ao lado dos seus comandados. Faltou “conhecer” de perto os seus “generais, os oficiais e soldados”, aqueles da “peleja”. Faltou ser o “líder militar” que todos almejavam, povo e militares. Não foi. Nem “capitão” foi. E escolheu quem escolheu, ouvindo “pelas paredes”. Se não todos, pelo menos alguns que lhe “fincaram a faca nas costas” e “saltaram fora”, para não dizer que “desertaram”. Porém, o “erro político-social” mais grave e contundente, um importante “divisor-de-águas” no seu governo, talvez o “único” responsável pelo seu insucesso político nas eleições de 2022, foi a PANDEMIA DO COVID-19. Faltou a “visão” do mundo à sua volta, o que os demais líderes mundiais faziam. Não copiar, mas analisar como estadista. De “gripezinha” a “virar jacaré” foi ”cavando a própria cova” dizendo até que não era “coveiro”, culminando com uma terrível frase “lamentamos as mortes, a vida continua”, após 200 mil óbitos da Covid-19. Não “chorou”, lado a lado, com a maioria das famílias que perderam entes queridos, não foi “abraçar” o povo sofrido que o apoiou totalmente e agora sofria num “mar de dúvidas” por falta de informações verdadeiras e seguras que o governo, oficialmente, não se preparou para dar. Não passou tranquilidade ao seu povo. Preferiu “brigar” com a “Globo”, com os “Dorias” e a imprensa ideológica, com toda a Esquerda e ela, a Esquerda, adorou “aumentar” seu poder com a adesão de “novos desafetos”, rivais dos “bolsominions”, os radicais de Direita. Perdeu “o jogo” para um adversário que não fez um gol sequer. Apenas foi “premiado” com um “gol contra” na “prorrogação” do segundo tempo. Só “bola fora” e “chute na trave”, sem nenhum “golaço de placa”. O resto do seu governo foi como um “estouro de boiada”, com o “infeliz saldo” de centenas de inocentes presos no “08 de janeiro”. O que resta ao carismático líder? SACUDIR A POEIRA, LEVANTAR A CABEÇA E CUMPRIR A MISSÃO QUE DEUS LHE DEU!
Elias Do Brasil
Por: Elias do Brasil / escritor e historiador, membro do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB) e articulista.