Em meados de 2018, o presidente iniciou a sua campanha eleitoral apresentando, sobre a mesa de sua “live”, o livro-manual do seu “guru”, o pensador de Ultra Direita Olavo de Carvalho, cujo título era: “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota”. Passado um tempo, desavenças ali e aqui, um “chutou o balde” e o outro “fez que não viu”. E o “guru” saiu de cena. No início do governo, mas já iniciado no pleito eleitoral, principalmente na ocasião da “facada”, os filhos, “aspirantes a guru”, tiveram grande influência em algumas decisões importantes do pai. Eles o induziram a “chutar a canela” de alguns, ignorar outros e valorizar até quem não merecia. A “colheita” foi o surgimento de “inimigos viscerais”, com destaque para um general e um juiz que “deram o que falar”, sempre contra o governo. Aos poucos, esses “aspirantes a guru” foram sumindo do palco. Houve um “guru” respeitadíssimo no meio militar, principalmente, que mesmo em sua “cadeira de rodas” conseguia se “mover politicamente”, mais que experientes “aviões” da política nacional. Algumas “indicações” suas, acatadas pelo presidente, recuaram na hora “H” ou nem entraram no “jogo” e, também, alguns, erroneamente, “bateram de frente” com o comandante. Inveja, descaso com o “ex-subordinado” capitão”? Difícil saber. Não se acredita que tenha sido “covardia” ou “suborno”. O outro “guru” e, certamente, o mais hábil de todos, “circulava” no meio militar e civil com a desenvoltura de um “Chefe de Estado”. Era a “sombra benigna e fiel” do seu “pupilo”. Foi o último a “apagar as luzes e fechar a porta”. Educadamente, “não jogou a chave fora”. Sofreu tanto por assistir os seus conselhos irem “ao vento”, que lhe sobrou agradecer a Deus ter sobrevivido. Mas, alguns importantes generais não o seguiram como exemplo. Coisas que Caxias nem precisava exigir dos seus generais. Ele ia e os outros o seguiam, se fossem brasileiros. As Forças Armadas, vítimas de seus “anti-heróis” atuais, ainda continuam com o seu passado de glória, sem jamais terem sido derrotadas em combate. Agora, “derrotadas sem lutar”, o seu futuro pode ser a sombria experiência de um “salto livre” a partir de um penhasco onde, lá embaixo, “dois grupos” de juízes irão julgar a sua “performance” no ar e na queda. Um grupo já deu, de antemão, a nota “zero” na “papeleta” de anotação, o outro grupo, representando uma torcida que já foi “apaixonada”, aguarda a “evolução do salto” e torce para que, na queda, não haja “quebra de ossos” e que o “minúsculo paraquedas” resista ao peso da vergonha. O povo, desde sempre, com um orgulho imensurável pelas “suas” Forças Armadas e “parceiro para toda obra” do presidente, sofrendo as dores de todas as dores, a dor da alma, e lutando até o fim. Esse fim que não se sabe ainda qual será. Esse povo que o presidente não quis ouvir e nem obedecer. Esse povo é quem foi, do presidente, o ÚLTIMO GURU!
*Por: Elias do Brasil / escritor e historiador, membro do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB) e articulista.