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Manaus é a sétima entre as 20 piores cidades em saneamento básico

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Manaus é a 7ª cidade entre as 20 com pior acesso ao saneamento básico. Entre as 100 do Ranking Nacional do Saneamento 2025, divulgado pelo Instituto Trata Brasil nesta terça-feira (15), a capital ocupa a 87ª colocação. O instituto avaliou os 100 municípios mais populosos do Brasil com base nos dados do SINISA (Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico) do ano-base 2023.

Manaus ficou atrás de Maceió–AL, na 86ª posição, e à frente de São João de Meriti–RJ, na 88ª. Essas três cidades integram o grupo das 20 piores do país em acesso à água potável e esgoto sanitário. O último colocado do ranking é Santarém–PA, que ocupa a 100ª posição. No topo da lista com melhor serviço de saneamento estão Campinas–SP, Limeira–SP e Niterói–RJ.

“As disparidades regionais permanecem como um dos principais obstáculos à universalização do saneamento básico. Municípios das regiões Norte e Nordeste, em sua maioria, figuram nas últimas colocações do ranking com déficits expressivos em todos os indicadores analisados”, diz o Trata Brasil em trecho do relatório.

Segundo o Instituto, Manaus apresenta 97,98% de cobertura no abastecimento de água. Na coleta de esgoto, apenas 28,46% da população de Manaus está ligada à rede e 22,31% do esgoto gerado é tratado. A cidade conta com 2.063.689 habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística).

No quesito investimento, Manaus aplicou R$ 1,146 milhão em saneamento básico entre 2019 e 2023, correspondendo a R$ 111,13 por habitante ao ano. Mesmo assim, o valor está abaixo do mínimo de R$ 223,82 por habitante estimado pelo Plansab (Plano Nacional de Saneamento Básico) para alcançar a universalização até 2033.

No conjunto dos 20 piores municípios do ranking, quatro são do Rio de Janeiro, quatro de Pernambuco e três do Pará. O restante se distribui entre a região Norte (quatro municípios), Nordeste (três), Centro-Oeste (um) e Sudeste (um). Entre essas cidades, oito são capitais estaduais: Recife–PE, Maceió–AL, Manaus–AM, São Luís–MA, Belém–PA, Rio Branco–AC, Macapá–AP e Porto Velho–RO.

O Instituto Trata Brasil destaca que os municípios do Norte e Nordeste concentram as piores colocações, em grande parte devido à menor aplicação de recursos. Para melhorar o cenário, especialistas defendem a ampliação significativa dos investimentos em saneamento, além da priorização da eficiência na gestão e operação dos serviços.

“O Ranking de 2025 reforça o papel central do saneamento como política pública estratégica para a melhoria da saúde pública, da educação e da produtividade econômica no Brasil. Também evidencia que, para que o país atinja a universalização até 2033, conforme determina o Novo Marco Legal do Saneamento, será necessário ampliar significativamente os investimentos no setor e aprimorar a capacidade regulatória e institucional dos entes subnacionais”, afirma o Instituto.

Como funciona a nota do ranking

O estudo do Instituto Trata Brasil atribui notas parciais de 0 a 10 a cada indicador (cobertura de água, coleta e tratamento de esgoto, investimentos e perdas). Essas notas são ponderadas e somadas para formar a nota final, que determina a posição do município no ranking.

Para receber a nota máxima, as cidades precisam atender níveis considerados satisfatórios: mais de 99% de cobertura de água, 90% de coleta de esgoto e 80% de esgoto tratado em relação ao volume consumido.

No critério de investimentos por habitante, o patamar de excelência é baseado no valor necessário para universalizar o saneamento até 2033: cerca de R$ 223,82 por habitante ao ano, de acordo com a última revisão do Plansab.

Fonte: Amazonas Atual/Foto: Divulgação/Águas de Manaus

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