‘Minha filha é uma menina de ouro e não merecia o que aconteceu’, diz pai de estudante morta a tiros em colégio no Paraná

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Dilson Antonio Alves, pai de Karoline Verri Alves, 17 anos, estudante morta nesta segunda-feira no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, norte do estado, afirmou que “a filha era uma menina de ouro e não merecia o que aconteceu”.

O namorado dela, Luan Augusto, também foi atingido pelos disparos e encaminhado em estado gravíssimo para o Hospital Universitário (HU) de Londrina, onde permanece internado.

O relato emocionante foi dado em entrevista concedida após ele sair do Instituto Médico-Legal (IML), para onde foi levado o corpo da adolescente.

“É uma grande tragédia. Não fiquei sabendo do que seria a motivação, mas a minha filha é uma menina de ouro, uma menina que não merecia o que aconteceu. Ela morreu inocente e eu quero que essa morte dela seja uma comoção geral mesmo. A morte dela vai salvar vidas”.

Conviver com a dor

O pai comentou como a filha fará falta entre os familiares e amigos.

“A Karol vai fazer muita falta na nossa vida, na vida dos amigos, do grupo de jovens dela. É uma lacuna muito grande. Vai ser uma vida antes e outra depois sem ela. Vim aqui (IML) reconhecer o corpo da minha filha. É um sentimento que nenhum pai deve passar”.

Como soube da morte da filha

Dilson explicou como soube da notícia dos tiros dados pelo assassino dentro do colégio.

“Eu moro perto do colégio e minha esposa trabalha na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que fica ao lado. Ela me ligou falando que estava acontecendo algo e não sabia o que era. Ai comecei a escutar polícia e fiquei preocupado. Ela me ligou e falou que era no colégio, que a nossa filha não respondia no celular. Chegando lá, vi que o namorado dela tinha sido baleado. Minha esperança era que a Karol tivesse se salvado, se escondido em algum lugar”.

O caso

O crime aconteceu por volta das 9h. Após os disparos, a polícia foi acionada e o atirador foi preso. De acordo com o delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial de Londrina, Amarantino Ribeiro, um familiar de outro estudante conteve o assassino.

Em depoimento, ele negou que conhecia o casal baleado.

Segundo a PM, foram apreendidos com o atirador uma machadinha, carregadores de revólver e a arma usada.

A Secretaria de Segurança Pública do Paraná informou que, além da arma, apreendeu com o assassino um caderno com anotações sobre ataques em escolas, incluindo o ataque em Suzano, em São Paulo.

Ainda segundo a secretaria, a família do assassino disse que ele é esquizofrênico e faz tratamento para a doença.

Foto:Reprodução/Arquivo pessoal

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