“Momento Sputnik”: esta foi uma das expressões usadas pelo mercado para resumir a reviravolta causada em poucos dias pelo DeepSeek, o rival chinês do ChatGPT.
A nova versão do robô conversador (chatbot) foi lançada ao público no dia da posse de Trump, 20 janeiro. Em uma semana, fez empresas gigantescas de tecnologia perderem US$ 1 trilhão na bolsa de Nova York, ao ultrapassar o ChatGPT em número de downloads nos EUA, na loja de aplicativos da Apple.
O que faz analistas e investidores compararem a novidade chinesa ao lançamento do satélite soviético Sputnik, em 1957, que pegou os americanos de surpresa e deu origem à corrida espacial durante a Guerra Fria?
Parte do que preocupa observadores da indústria de tecnologia dos EUA é a ideia de que a startup chinesa está emparelhando com empresas americanas na corrida pelo domínio da inteligência artificial, só que com gastos bem menores.
Entenda mais abaixo.
O DeepSeek tem sido descrito como um ChatGPT de baixo custo. Pesquisadores da startup disseram que o investimento para treinar o chatbot chinês foi de US$ 6 milhões (cerca de R$ 35 milhões), uma quantia que parece irrisória frente aos bilhões de dólares gastos por empresas americanas.
Gigantes do setor treinam seus robôs de IA com supercomputadores que usam cerca de 16 mil chips, enquanto os engenheiros da DeepSeek disseram ter precisado de apenas 2 mil chips para realizar a mesma tarefa, informou o jornal The New York Times.