MPF denuncia ‘Colômbia’ como mandante das mortes de Bruno e Dom

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O MPF (Ministério Público Federal) denunciou nesta quinta-feira (5) Rubém Dario da Silva Villar, o ‘Colômbia’, como mandante dos homicídios do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. O crime ocorreu na Terra Indígena Vale do Javari, no oeste do Amazonas, em junho de 2022.

A denúncia contra ‘Colômbia’ foi apresentada à Subseção Judiciária Federal de Tabatinga (AM), onde o processo tramita, pelo procurador da República Guilherme Diego Rodrigues Leal, com auxílio do Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri. O MPF também solicitou que seja suspenso o sigilo dos autos para que, dessa forma, mais informações possam ser divulgadas.

Há exatamente três anos, Bruno e Dom sofreram uma emboscada e foram assassinados. O MPF classifica o duplo homicídio de “desprezível, com perversidade” e de “forma cruel, sem chance de defesa”.

Bruno e Dom foram dados como desaparecidos em 5 de junho de 2022 e as buscas mobilizaram autoridades brasileiras, indígenas, populações locais e a imprensa nacional e internacional.

Em 22 de julho de 2022, menos de dois meses após os crimes, o MPF denunciou três pessoas pelo assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips. Foram denunciados Amarildo da Costa Oliveira (conhecido pelo “Pelado”), Oseney da Costa de Oliveira (“Dos Santos”) e Jefferson da Silva Lima (“Pelado da Dinha”) por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Os denunciados se tornaram réus e foram presos preventivamente.

No dia 3 de outubro de 2023, a Justiça Federal de Tabatinga decidiu que os três réus fossem julgados pelo tribunal do júri popular. A decisão judicial foi uma sentença de pronúncia, na qual o juiz expressa o seu convencimento quanto à ocorrência de um crime doloso contra a vida e à existência de indícios suficientes para que os réus sejam submetidos ao julgamento pelo júri popular.

Em junho de 2024, a Justiça Federal recebeu a denúncia do MPF contra cinco homens, que passaram a ser réus em ação penal por participação na ocultação dos corpos de Bruno e Dom. Dos cinco réus – Francisco Conceição de Freitas, Eliclei Costa de Oliveira, Amarílio de Freitas Oliveira, Otávio da Costa de Oliveira e Edivaldo da Costa de Oliveira – os quatro últimos responderão, ainda, por corrupção de menor por terem convencido um jovem com menos de 18 anos a participar do crime.

Após o Tribunal Regional Federal da 1ª Região confirmar a decisão de pronúncia de Amarildo da Costa Oliveira e Jefferson da Silva Lima, em janeiro de 2025, o MPF recorreu ao Superior Tribunal de Justiça para reverter a decisão que determinou a exclusão do réu Oseney da Costa de Oliveira do julgamento pelo tribunal do júri. Para o MPF, Oseney deve ser julgado no tribunal do júri com Amarildo da Costa Oliveira e Jefferson da Silva Lima, também acusados do crime.

Amarildo e Jefferson serão julgados por duplo homicídio qualificado e pela ocultação dos cadáveres das vítimas. Os dois continuam presos. Quanto a Oseney, ele aguarda a finalização do julgamento do caso em prisão domiciliar, com monitoração eletrônica.

Fonte: Amazonas Atual/Foto: Divulgação

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