Uma mulher diz ter sido agredida pelo ex-companheiro na última quarta-feira (8) mesmo tendo 2 medias protetivas contra ele. O caso aconteceu em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. O homem teria ido atrás dela no centro espírita que ela frequenta e a agredido física e verbalmente.
A família teme pelo que possa acontecer com Eluan Cristine da Silva, pois Wilson Magalhaes Teixeira Filho é professor de jiu-jítsu e lutador. Uma das medidas protetivas em vigor determinava que ele ficasse a uma distância mínima de 500 metros dela e dos familiares. A Justiça também ordenou a busca e a apreensão de uma arma de fogo que ele tinha em casa.
“Ele está solto, ele passa em frente ao meu portão, ele passa no ponto onde eu estou indo trabalhar de moto. Ele me xinga, me ameaça. E, na última quarta, ele me agrediu”, declarou Eluan.
A vítima contou que as agressões físicas ficaram mais fortes depois de ela assumir um novo relacionamento após a separação.
As agressões se concentraram no rosto, mas também aconteceram nos braços e pernas.
Eluan ainda mostrou uma suposta troca de mensagens em que Wilson a ameaça.
“Seu esporte é me afrontar, me fazer de besta. Eu estou indo para aí”, diz a conversa.
A mulher procurou novamente a delegacia e fez um novo boletim de ocorrência na 43ª DP (Guaratiba), sobre o descumprimento da medida protetiva e as novas agressões. Além disso, ela fez um novo exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML).
“Ele sabia das medidas, ele assinou. E, mesmo assim, ele foi lá e me agrediu”, afirmou Eluan.
A vítima contou que começou a se relacionar com o agressor aos 17 anos e terminou com 34. Ela afirma que sempre foi vítima de violência doméstica, física e sexual. Os dois têm uma filha de 11 anos. A separação aconteceu há 2 anos, mas ela só conseguiu fazer com que ele saísse de casa há 1 ano.
De acordo com a Polícia Civil, foi aberto um novo inquérito na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Campo Grande. A vítima já foi ouvida e o autor foi intimado a prestar depoimento.
Fonte: G1/Foto: Reprodução/ TV Globo