Norte tem maior queda de leitores e Amazonas tem pior índice de leitura da região, aponta pesquisa

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O Amazonas registrou o pior índice de leitura da Região Norte, com apenas 40% dos entrevistados afirmando ter lido algum livro nos três meses anteriores à 6ª edição da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, divulgada nesta quarta-feira (18).

A pesquisa é uma iniciativa do Instituto Pró-Livro (IPL) e contou com parceria da Fundação Itaú e apoio da Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais (Abrelivros), da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). O levantamento foi feito pelo instituto Ipec – Inteligência em Pesquisa e Consultoria.

Além disso, a pesquisa revelou uma queda significativa no número de leitores na Região Norte, com a proporção de entrevistados que leem caindo de 63% para 48% entre 2019 e 2024, uma redução de 15 pontos percentuais em apenas cinco anos.

O levantamento foi realizado entre 30 de abril e 31 de julho de 2024, com 5.504 brasileiros em 208 municípios, abrangendo livros impressos, digitais, didáticos, bíblias e religiosos.

A pesquisa abrange tanto livros impressos quanto digitais, sem restrição a gêneros, incluindo livros didáticos, bíblias e religiosos.

Queda no número de livros lidos

 

Na região Norte, o levantamento foi feito de forma conjunta para os estados de Rondônia, Acre, Roraima, Amapá e Tocantins, que, juntos, alcançaram 54% de entrevistados que afirmaram ter lido algum livro em 2024. Em contrapartida, o Amazonas registrou apenas 40%, ficando abaixo da média da região.

No quesito média de livros em geral lidos nos últimos três meses anteriores à pesquisa, o Amazonas também representa o pior índice da região (1,77), assim como na média de leitura por vontade própria de literatura (0,41), que considera tantos os livros inteiros quanto aqueles lidos em partes.

Quanto ao número de livros lidos por ano, a Região Norte também baixou de 5,30 livros/ano em 2019 para 3,38 em 2024 – índice ainda menor do que os números de 2007 (3,90 livros/ano).

Panorama nacional

 

A primeira parte da pesquisa, divulgada em novembro deste ano, revela que o Brasil perdeu quase 7 milhões de leitores nos últimos quatro anos. É a primeira vez na série histórica que o levantamento conclui que a maioria dos brasileiros não lê livros.

“Se considerarmos somente livros inteiros lidos, no período de três meses anteriores à pesquisa, o percentual de leitores é ainda menor, de 27% dos brasileiros”, afirma a pesquisa.

 

O número de não leitor verificado em 2024 representa um aumento de cinco pontos percentuais em relação ao de 2019, que era a edição mais recente da pesquisa. Os dados deste ano são os que apresentam o maior total de “não-leitores” na série histórica do levantamento, que começou em 2007.

Considerando a estimativa populacional brasileira, os dados apontam que o país tem atualmente 93,4 milhões de leitores (considerando a população com cinco anos ou mais). Nos últimos quatro anos, houve uma redução de 6,7 milhões de leitores no país, de acordo com os dados.

*G1/AM/Foto: Bruno Mazieri/Casarão de Ideias

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