Nova subvariante da Covid-19 que se expande nos EUA gera alerta no Brasil

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A nova subvariante da ômicron, a XBB.1.5, que se expande pelos Estados Unidos, já é um motivo de alerta para os médicos e sociedade em todo o mundo. Os Centros de Controle de Doenças (CDC) alertam que a subvariante “pode ser mais transmissível do que outras variantes”, mas ainda não sabem se ela tem efeitos “mais graves”.

No Brasil, até esta terça-feira (10), um registro foi confirmado. O caso é de uma mulher moradora de  Indaiatuba, no interior de São Paulo, e detectado no dia 6 de janeiro.

Na internet, médicos alertam a sociedade para a chegada da nova subvariante no país, já que ela se expande pelos Estados Unidos e representa cerca de 40% dos casos de covid-19 no país, ante 20% a primeira semana de janeiro. 

“A subvariante é considerada a mais transmissível até hoje. Então ela é muito transmissível e vai pegar mesmo pessoas vacinadas e mesmo quem já teve covid-19 recentemente. Está havendo um pico de doenças nos Estados Unidos, vai aumentar proporcionalmente os casos mais graves o que não que dizer que essa variante cause ela doença mais grave nos indivíduos”, alertou o pediatra e sanitarista Daniel Becker, em seu Instagram que contabiliza meio milhão de seguidores. 

No Amazonas, o Estado vive a época sazonal em que doenças respiratórias são comuns por conta das chuvas. Não registro da circulação da nova subvariante no Estado. 

De acordo com o diretor da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), o médico infectologista Marcus Vinitius de Farias Guerra, a transmissibilidade da nova subvariante pode ser muito maior que outras variantes da ômicron. 

“Ela não tem produzido casos graves, mas pode ter um aumento no número de casos nos ambulatórios e na rede hospitalar para atendimentos de quadros de síndromes respiratórias agudas”, explicou. Para o Estado, ele afirma que é cedo se falar em surto pela subvariante, já que ela não foi identificada no Amazonas. 

“Ainda é cedo para dizer que pode ter um surto no Amazonas apesar de a gente ter muita relação com os Estados Unidos, mas essa é uma variante que tem apresentado alta transmissibilidade por poder driblar o sistema imune dos indivíduos infectados e por ter mais aderência aos receptores principalmente da classe ACE2, que é o principal fator que facilita a entrada do vírus nas celulas e daí ter a sua replicação”, comentou ainda. 

O médico infectologista Marcus Vinitius ressalta os cuidados que a população deve tomar para evitar doenças respiratórias durante o período sazonal. “Os cuidados são aqueles que nós já conhecemos, evitar aglomerações, usar máscaras de proteção quando tiver que permanecer mais tempo em locais onde tenham muitas pessoas ou ambiente fechado, e principalmente a higienização das mãos e dos objetos que as pessoas vão manusear”, concluiu o especialista.

Fonte: https://www.acritica.com/

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