O Nubank revelou na terça-feira, 6, novidades sobre o novo cartão de crédito ultravioleta da fintech, que terá compatibilidade com Apple Pay, recurso de pagamento sem toque do iPhone. A ideia do produto é ser um cartão premium para os millennials.
O cartão não terá numeração visível (apenas o aplicativo apresenta essa informação), virá com bandeira Mastercard Black e terá cashback instantâneo de 1% em todas as compras, de acordo com a empresa. Além disso, o objeto será feito de metal e, sob luz ultravioleta, trará uma mensagem secreta para cada usuário – serão sete frases ao todo disponíveis. O cartão também terá cashback imediato com crescimento automático de 200% do CDI – esse porcentual, no entanto, pode ser alterado, conforme diz a empresa.
O cartão será gratuito a partir de uma média de gastos de R$ 5 mil por mês com a função crédito ou então a partir de R$ 150 mil investidos no Nubank. Se o usuário não se encaixar nesses casos, será cobrada uma mensalidade de R$ 49, descontada automaticamente na fatura do cartão.
O evento contou com a presença de Anitta, que comemorou o fato de o cartão levar o nome artístico da cantora carioca. Em bate-papo com uma das fundadoras da fintech, Cristina Junqueira, a artista falou da própria carreira, empreendedorismo, entrada no mercado internacional e possíveis relações com a história do Nubank.
“A inspiração para o produto veio de uma nova geração. Os produtos premium tinham sido desenhados para nossos pais, com referência a status e luxo, coisas que não fazem sentido. Começamos a ter essa discussão sobre o que é ‘chegar lá’ e o que é ter sucesso, e veio a ideia das frases secretas no cartão que podem ser vistas com luz ultravioleta”, disse Cristina, durante o evento desta terça. “Essas mensagens secretas são uma patente nossa, é algo que nós criamos. Não existe em lugar algum do mundo.”
Integração com Apple Pay
A integração com o Apple Pay era bastante esperada pelos usuários da fintech: todos os grandes bancos no Brasil oferecem hoje o recurso, bem como algumas startups concorrentes.
Questionada sobre essa demora na implementação, a fundadora do Nubank afirma que foi uma questão de prioridade, e não problema técnico. “Focamos em outras coisas, como entrar no México e na Colômbia, e isso acabou competindo com o Apple Pay. Para o público do ultravioleta, temos uma penetração de iOS (sistema operacional do iPhone) mais alta e acaba sendo mais representativo. Então, fez sentido priorizar”, disse.
Segundo a empresa, o Apple Pay não será exclusivo do cartão ultravioleta: o recurso poderá ser usado por todos os 40 milhões de clientes do Nubank no Brasil.
Desde fevereiro deste ano, a fintech possui integração com a carteira digital do Google, principal concorrente da solução da Apple.
O Nubank tem investido em novos produtos nos últimos meses. Além de contas de depósito e cartões de crédito, a fintech oferece hoje seguro de vida, empréstimo pessoal, produtos de investimento, pagamentos via smartphones e produtos para pequenos e médios empreendedores. No ano passado, a empresa adquiriu a Easynvest, uma plataforma digital de investimentos com US$ 5 bilhões em ativos e 1,6 milhão de clientes.
Entrada na Bolsa
Apesar dos rumores sobre eventual entrada do Nubank na Bolsa, Junqueira nega que isso seja uma prioridade para a startup brasileira. “É um processo natural da vida de uma empresa, mas não é a nossa linha de chegada e não corremos desesperados para fazer o IPO (oferta pública de ações, em inglês)”, afirma.
Ao que tudo indica, no entanto, a fintech começa a sondar bancos para eventual entrada no mercado público de ações, processo que demora ao menos um ano, segundo analistas.
* Estadão Conteúdo
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