Operação “entulho”; 30 dias com a sujeira escondida na prefeitura de Manaus

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A operação da Polícia Federal denominada “Entulho”, surpreendeu Manaus pela gravidade dos ilícitos e valores envolvidos.

O sofisticado esquema que propiciou um rombo de duzentos e quarenta e cinco milhões de reais, e, segundo a PF, contou com a conivência da prefeitura de Manaus, que não realiza licitação para o serviço de coleta de lixo desde o início dos anos 2000.

Os crimes de sonegação fiscal, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, foram efetuados, segundo a PF, por empresários e servidores públicos, inclusive servidores detentores de cargos do primeiro escalão de comando da prefeitura municipal de Manaus, como o secretário Sabá Reis.

O secretário Sabá Reis inclusive, foi alvo de mandado de busca e apreensão em todos os seus endereços conhecidos.

Segundo portais de notícias da cidade divulgaram à época da operação da PF, outros membros da gestão David Almeida teriam sido alcançados pelas investigações, inclusive outros secretários municipais.

Passados 30 dias da operação da Polícia Federal, o prefeito David Almeida não se pronunciou sobre o envolvimento de seus secretários.

A cidade de Manaus espera, ansiosa, o desdobramento das investigações; e que os envolvidos sejam afastados imediatamente da gestão municipal, independente de quem sejam os envolvidos.

Sobre a operação entulho

A operação entulho foi deflagrada na manhã desta terça-feira (20), e tem como objetivo obter provas relativas às operações fraudulentas feitas para esconder a ocorrência de sonegação fiscal, obtenção de notas fiscais “frias” e lavagem de dinheiro.

A Operação, denominada Entulho, já identificou, até o momento, a participação de 31 empresas de fachada, escritório de contabilidade, além de seus respectivos sócios e empregados das empresas de coleta de lixo e limpeza pública.

Os mandados foram cumpridos em residências de investigados e nas empresas supostamente ligadas à organização criminosa. A empresa Tumpex foi alvo da operação, o que resultou na prisão dos donos, os empresários Mauro Lúcio Mansur da Silva e José Paulo de Azevedo Sodré Neto.

Essas empresas emitiram notas fiscais suspeitas de serem inidôneas, entre os anos-calendário de 2016 e 2021, no valor total de R$ 245 milhões, com sonegação fiscal estimada em mais de R$ 100 milhões entre tributos federais, desconsiderando-se multa e juros, posto que tais transações acarretaram a geração de créditos indevidos de PIS e Cofins, bem como reduziu as bases de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.

*Redação OPP

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