PF prende 19 suspeitos de integrar grupo que movimentou R$ 1,2 bilhão com tráfico de armas

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A Polícia Federal prendeu 19 pessoas por suspeita de integrar um grupo que supostamente forneceu 43 mil armas aos chefes das maiores facções do país, movimentando R$ 1,2 bilhão. As prisões foram feitas no Brasil (6) e no Paraguai (13). Ao todo, foram expedidos 25 mandados de prisão preventiva, 6 de prisão temporária e 54 de busca e apreensão nos dois países e nos Estados Unidos.

Segundo a PF, dois mandados de prisão que seriam cumpridos nos EUA não puderam ser realizados por não ter havido “tempo hábil para a expedição, de acordo com a lei daquele país”.

Durante três anos de investigação, foram realizadas 67 apreensões, que resultaram no confisco de 659 armas em dez estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Ceará.

No Brasil, os mandados foram cumpridos no Rio de Janeiro, em São Paulo, Sorocaba (SP), Praia Grande (SP), São Bernardo do Campo (SP), Ponta Grossa (PR), Foz do Iguaçu (PR), Belo Horizonte (MG) e Brasília (DF).

Veja os números da operação

54 mandados de busca e apreensão expedidos:
• 17 no Brasil;
• 21 no Paraguai;
• 16 não cumpridos por serem em locais conflagrados, com efeito, colateral incontrolável.

25 mandados de prisão preventiva expedidos:
• 8 no Brasil – 5 cumpridos;
• 15 no Paraguai – 12 cumpridos;
• 2 nos EUA não cumpridos – não houve tempo hábil para a expedição dos mandados de prisão, de acordo com a lei daquele país.

6 mandados de prisão temporária expedidos:
• 1 no Brasil – cumprido;
• 5 no Paraguai – 1 cumprido.

21 difusões vermelhas na Interpol

Bloqueio de bens:
• determinação de bloqueio de R$ 66 milhões em bens, direitos e valores no Brasil — ainda sem informação de cumprimento;
• pedido de cooperação jurídica internacional enviado ao Paraguai para bloqueio de bens, direitos e valores naquele país.

Apreensões feitas nesta terça-feira:
• grande quantidade de dólares (ainda não contabilizados);
• centenas de armas (fuzis e pistolas) na sede da empresa que as enviava ilegalmente ao Brasil.

A operação foi realizada pela corporação no estado da Bahia, em parceria com o Ministério Público Federal e cooperação internacional com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai e o Ministério Público do Paraguai.

A ação contou ainda com a Força-Tarefa Internacional de Combate ao Tráfico de Armas e Munições, que é composta da Homeland Security Investigations, e a Secretaria Nacional de Segurança Pública, sob supervisão do Serviço de Repressão ao Tráfico de Armas da PF.

Entenda o esquema

Segundo a PF, uma empresa com sede em Assunção, no Paraguai, foi responsável pela importação de milhares de pistolas, fuzis e munições de vários fabricantes europeus sediados na Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia.

“As armas eram importadas da Europa para o Paraguai, onde eram raspadas e revendidas a grupos de intermediários que atuavam na fronteira do Brasil com o Paraguai, para serem revendidas às principais facções criminosas do Brasil”, informa a PF.

*R7/Foto: DIVULGAÇÃO/PF

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