Planos de saúde são incompreendidos por 49% dos brasileiros

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Uma pesquisa apresentada pela revista Veja, e realizada pelo Instituto Datafolha a pedido da Associação Brasileira dos Planos de Saúde (Abramge), revelou um panorama preocupante sobre o entendimento dos brasileiros em relação aos planos de saúde. Com uma amostra de quase 1,6 mil participantes, o estudo questionou sobre quanto as pessoas conhecem a respeito das questões que cercam a saúde suplementar.

O diagnóstico concluiu que 49% dos entrevistados, seja com ou sem acesso aos benefícios, confessaram não compreender o funcionamento do sistema privado de saúde. A pesquisa ainda indica que 46% dos usuários admitiram não ter lido seus contratos com a devida atenção, o que pode acarretar prejuízos significativos na interpretação de coberturas e variações de preços.

Além disso, o desconhecimento generalizado, conforme o editorial, indica uma surpreendente aceitação do modelo atual. Aproximadamente 76% dos entrevistados demonstraram aprovação à afirmação: ‘Me interesso por fundos coletivos, como os planos de saúde, pois não tem como construir um país sem pensar na coletividade’.

Para o advogado especialista em direito de saúde e direito público, Thayan Fernando Ferreira, a falta de informação pode ter implicações sérias. “O desconhecimento acaba afetando diretamente a qualidade do atendimento e as decisões financeiras dos usuários, sem sequer que eles tenham conhecimento. Portanto, é imperativo destacar a necessidade urgente dos brasileiros se informarem minuciosamente sobre os planos de saúde que estão contratando”.

Essas revelações levantam questões cruciais sobre a necessidade de conscientização e educação para garantir que os brasileiros compreendam plenamente o funcionamento dos planos de saúde, um componente vital para a saúde e o bem-estar de toda a nação. Neste aspecto, conscientizar a população sobre os detalhes dos planos, desde os aspectos contratuais até o funcionamento do sistema coletivo é essencial para garantir uma escolha informada e alinhada às necessidades individuais.

Thayan, que ainda é membro da comissão de direito médico da OAB-MG e diretor do escritório Ferreira Cruz Advogados, ainda argumenta que antes de assinar um contrato é indispensável uma leitura minuciosa ou até mesmo a contratação de um profissional especializado. “Desinformação, combatemos com conhecimento. Então, acima de tudo, é importante que as pessoas entendam o que é o serviço contratado antes de assinar qualquer papel. Até porque, um contrato cria vínculo definitivo pelo período de tempo estabelecido. Uma vez que o documento esteja assinado, você tem um compromisso. Não é bom criar um vínculo se você não sabe do que se trata”, argumenta.

*Foto: divulgação

*Estadão Conteúdos

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