Preço de imóveis em SP tem maior alta em 10 anos; cidade tem 3º m² mais caro para venda de imóveis entre capitais no Brasil

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O preço de venda de imóveis residenciais na cidade de São Paulo apresentou uma alta de 6,56% em 2024, o maior número desde 2014, quando o acumulado anual foi de 7,33%. Os dados são do Índice FipeZAP, divulgados nesta terça-feira (7).

O aumento superou a inflação ao consumidor em 2024, estimada em 4,64% pelo FipeZAP com base no IPCA acumulado até novembro e no IPCA-15 de dezembro. Os cálculos apontam uma alta real (descontada a inflação) de 1,92% nos imóveis.

No ano anterior, a alta havis sido de 4,69%.

Para chegar aos números, a FipeZAP acompanhou a variação dos preços dos imóveis residenciais a partir de anúncios de apartamentos prontos anunciados na internet.

Terceiro m² mais caro entre as capitais

Acompanhando essa tendência, o índice da FipeZAP também mostra que o preço médio do metro quadrado da venda de imóveis residenciais em São Paulo ficou em R$ 11.374 — o terceiro maior do Brasil, considerando as 22 capitais analisadas pelo índice.

Apenas Vitória (R$ 12.287) e Florianópolis (R$ 11.766) aparecem à frente da capital paulista. Veja a lista completa:

  1. Vitória: R$ 12.287
  2. Florianópolis: R$ 11.766
  3. São Paulo: R$ 11.374
  4. Curitiba: R$ 10.703
  5. Rio de Janeiro: R$ 10.289
  6. Belo Horizonte: R$ 9.365
  7. Brasília: R$ 9.325
  8. Maceió: R$ 9.173
  9. Recife: R$ 8.089
  10. Fortaleza: R$ 8.031
  11. Goiânia: R$ 7.929
  12. São Luís: R$ 7.440
  13. Belém: R$ 7.405
  14. Porto Alegre: R$ 7.111
  15. Manaus: R$ 7.061
  16. João Pessoa: R$ 6.890
  17. Salvador: R$ 6.766
  18. Cuiabá: R$ 6.099
  19. Campo Grande: R$ 5.769
  20. Teresina: R$ 5.628
  21. Natal: R$ 5.613
  22. Aracaju: R$ 5.163
    Preço médio entre as 56 cidades monitoradas: R$ 9.366

Variação no Brasil

No Brasil, em 2024, a alta média foi de 7,73% — a maior variação anual desde 2013, quando os preços subiram 13,74%.

Paula Reis, economista do DataZAP, explica que o aumento está relacionado ao desempenho da economia brasileira, que cresceu acima das expectativas com um mercado de trabalho forte.

“A condição macroeconômica influenciou positivamente o mercado imobiliário ao contribuir com a expansão da concessão de crédito para os segmentos popular e de médio padrão”, diz.

A taxa de desemprego no Brasil foi de 6,1% no trimestre terminado em novembro, mostrou a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. Esta é a menor taxa de desocupação da série histórica, iniciada em 2012.

Já o Produto Interno Bruto (PIB) — que terá o resultado oficial de 2024 divulgado em março — superou as projeções do mercado. No início do ano, a previsão era de uma alta na casa dos 1,7%. Agora, se espera um crescimento em torno de 3,5%.

Alta nas capitais

O FipeZAP acompanha o preço médio de imóveis em 56 cidades brasileiras, com base em anúncios veiculados na internet. Segundo o levantamento, apenas um município registrou queda nos preços em 2024: Santa Maria (RS), com recuo de 1,5%.

Entre as capitais monitoradas, os maiores avanços no ano foram em Curitiba (18%)Salvador (16,38%)João Pessoa (15,54%) e Aracaju (13,79%).

Com os números, a capital paranaense também lidera o ranking geral.

Fonte: G1/Foto: Fábio Tito/G1

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