A Rainha Elizabeth 2ª (1926-2022) teve um câncer nos ossos um ano antes de sua morte, afirma o ex-primeiro-ministro Boris Johnson em sua nova autobiografia, Unleashed: the Political Memoir of the Century (libertado, a memória política do século, em tradução livre).
No livro, que será lançado no próximo dia 10 e teve trechos publicados pelo tabloide Daily Mail nesta semana, Johnson diz que já sabia da doença, “até então escondida pela realeza”.
“Eu já sabia há um ano ou mais [antes da morte da rainha] que ela tinha um tipo de câncer ósseo, e os médicos dela estavam preocupados com a possibilidade de um agravamento rápido”, escreveu.
Conta ainda que seu último encontro com Elizabeth 2ª ocorreu dois dias antes da morte dela, aos 96 anos.
“Parecia pálida e curvada e tinha hematomas nas mãos e nos punhos, provavelmente por causa das injeções e dos acessos. Mas sua mente não foi afetada pela doença”, diz o ex-primeiro-ministro, na obra.
Segundo o atestado de óbito divulgado pelo Palácio de Buckingham, contudo, ela morreu de “causas naturais”. O comunicado oficial, que chamou Charles de rei e sua mulher, Camilla, de rainha consorte, afirma que a monarca “morreu serenamente”.
A possibilidade de um câncer raro na medula óssea já havia sido levantada por Gyles Brandreth, autor de uma biografia da rainha.
“O sintoma mais comum do mieloma é a dor óssea, especialmente na pélvis e na parte inferior das costas”, escreveu Brandreth — o que explicaria a dificuldade de locomoção de Elizabeth 2ª nos últimos anos de vida.
Unleashed trata ainda dos bastidores da luta contra a Covid-19. Segundo Johnson, o governo britânico cogitou invadir a Holanda para “tomar” vacinas que considerava serem suas.
*R7/Foto: Divulgação/Palácio de Buckingham