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Sérgio Cabral, ex-governador do RJ condenado na Lava Jato, será enredo de escola de samba

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ex-governador Sérgio Cabral, condenado a mais de 400 anos de prisão em processos da Lava Jato, vai ser enredo de escola de samba em 2024. A homenagem será feita pela União Cruzmaltina, agremiação que representa o Vasco da Gama no Carnaval carioca e desfila pela Série Prata, na Intendente Magalhães, na zona oeste.

O lançamento oficial do enredo será no próximo domingo (23), mas a escola já divulgou um vídeo para anunciá-lo. Nas imagens, projetos do governo Cabral, como a linha 4 do metrô, as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e o incentivo às cotas raciais nas universidades.

Segundo o presidente da escola, Rodrigo Brandão, o enredo vai abordar toda a história de Cabral. “Começando pela infância, passando pelo jornalismo e adentrando por todo mérito político do governador.”

Brandão disse ainda que o tema inaugura uma nova fase na União Cruzmaltina. “A escolha do enredo nasce a partir do novo módulo de trabalho da agremiação, no qual o objetivo é tratar sobre temas atuais.”

Com o anúncio do enredo, alguns torcedores da escola criticaram a homenagem a Sérgio Cabral. “É sério mesmo que vão homenagear um cara que foi condenado e ficou preso por 6 anos?”, disse um torcedor. Outro comentou: “Por favor Cruzmaltina, torci tanto por vocês (como torcedor do clube também) e me vêm com homenagem quem dilapidou nossos cofres?”

O presidente da escola disse que entre os 950 componentes que desfilam na agremiação não houve críticas. “Quanto à bolha externa já sabíamos que geraria polêmica, porém estamos recebendo apoio de diversos setores, grupos e classes. Está sendo muito positivo! Estou recebendo diversas mensagens de apoio.”

Cabral em liberdade

Em dezembro de 2022, Cabral deixou a cadeia após ter ficado seis anos na prisão, pelas acusações de corrupção em processos ligados à operação Lava Jato no Rio. Monitorado por tornozeleira eletrônica, ele passou a viver em um apartamento em área nobre na zona sul.

Apesar das condenações do ex-governador, que somam mais de 400 anos em ações judiciais, o STF (Supremo Tribunal Federal) entendeu que havia excesso de prazo no cumprimento da prisão preventiva.

*R7/FOTO: REPRODUÇÃO

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