Sete pessoas foram presas durante a Operação Cavalo de Tróia, deflagrada pela Polícia Civil do Amazonas na manhã desta sexta-feira (7), em Manaus. Elas são suspeitas de integrar uma organização criminosa que aplicava golpes financeiros contra idosos em diversos municípios do estado.
A ação foi realizada em conjunto com policiais civis de Borba, Lábrea e Manaus. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de prisão:
- um em Borba;
- dois em Lábrea;
- quatro na capital.
Também houve apreensão de quatro carros, uma motocicleta e cumprimento de dois mandados de busca domiciliar.
De acordo com a polícia, os integrantes do grupo se apresentavam a idosos, em sua maioria de baixa renda, como advogados e assessores jurídicos, oferecendo supostos serviços para reaver valores descontados de benefícios previdenciários.
Após conquistar a confiança das vítimas, os suspeitos utilizavam documentos e biometria facial para abrir contas digitais fraudulentas e, assim, realizar empréstimos consignados indevidos, desviando os valores em benefício próprio. A quadrilha atuava há cerca de três anos.
Segundo as investigações, o grupo era altamente estruturado e contava com divisão de tarefas, com papéis bem definidos entre os membros responsáveis pela falsificação de documentos, uso de pontos comerciais como fachada e manutenção de um espaço na sede do Sindicato Rural de Borba, que servia como base para o aliciamento.
Entre os presos está o advogado Helioenay Narftaly Pinheiro da Silva, detido em Lábrea. Ele possui mais de 3 mil ações protocoladas no sistema do Tribunal de Justiça do Amazonas.
Também foram presos estagiários e estudantes de Direito: Adriano de Souza Passos (Lábrea), Thaís Alves da Silva e Laíssa de Souza Martins (Manaus), esposa do advogado.
Outros envolvidos são Jonatas Santos da Silva, Gessilda Rodrigues Brasil (presa em Borba) e Thaylon Gabriel de Matos Cordeiro (preso em Manaus). Segundo a polícia, alguns atuavam como executores das fraudes.
Até a atualização mais recente desta reportagem, a polícia não divulgou o valor total dos golpes nem o número de vítimas.
*g1/Foto: Reprodução/Redes Sociais




