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Trigêmeos gaúchos 100% idênticos fazem sucesso nas redes sociais: “Muito raro”

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Michele Kaiser (@ostrigemeosdamichele) e o marido, Mauricio, de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, tentavam o segundo filho quando foram surpreendidos por uma gravidez tripla. Na época, Mônica, a primogênita, tinha 1 ano e 6 meses e, em vez de um, vieram três bebês de uma só vez: Matheus, Murilo e Marcelo. “Resolvemos que estava na hora de tentar, mas nunca imaginamos que viriam três”, diz Michele.

A gravidez foi natural. “Não fizemos tratamento de nenhum tipo”, diz a mãe. No entanto, durante a gravidez, as informações que os pais receberam eram de que dois dos bebês haviam sido gerados a partir de óvulos diferentes. Ou seja, não era idênticos. Mas a informação não correspondia com a semelhança dos irmãos. “Seriam dois univitelinos e um bivitelino. Dois idênticos e um diferente”, conta. “Só um teste de DNA de gemelaridade nos tiraria esta dúvida. Mas, como não havia necessidade médica para isso e o exame era caro, deixamos de lado”, continou.

“Enfim, aos 9 anos, depois de tantas coincidências de desenvolvimento entre eles, resolvemos fazer o tal teste. E o resultado foi que eles são 100% idênticos. Ou seja, foi apenas um óvulo fecundado que se dividiu duas vezes, em fases diferentes”, completou ela. “É um caso bastante raro”, completou. Em depoimento à CRESCER, a mãe contou em detalhes essa história incrível.

“Depois de descobrir que estava grávida e ficar muito feliz, fizemos a primeira ecografia. Foram vistos dois sacos gestacionais. Levamos um imenso susto quando a médica nos disse que eram gêmeos bivitelinos [formados a partir de dois óvulos]. Mas ainda não havia sido possível ouvir os batimentos cardíacos, então nos aconselharam a repetir o exame em dez dias. Ela alertou que era comum um dos embriões não desenvolver e que seria uma gestação de risco.

Passados os dez dias, fizemos a ecografia em outro laboratório. Fiquei contente ao começar o exame e ver que os dois sacos gestacionais ainda estavam ali, não havia perdido nenhum bebê. Afinal, depois daquele susto inicial, já estava superfeliz por serem gêmeos. Mas, então, o médico nos mostrou uma situação diferente: um dos sacos gestacionais estava normal, com um embrião dentro e a vesícula vitelínica. Só que (nunca vou esquecer aquele ‘só que’ que o médico disse) no segundo saco gestacional, haviam dois embriões. São trigêmeos! Ele nos explicou que eram dois idênticos e um diferente — univitelinos e bivitelinos na mesma gravidez, pois eram dois sacos gestacionais.

Saí daquela sala em choque e completamente apavorada. E agora? Terei quatro filhos com diferença de dois anos. Como isso foi acontecer comigo? Sem nenhum tratamento de fertilização? Sem qualquer histórico de gêmeos na família? E, então, começou nossa preparação para receber mais três membros na família. A gestação foi tranquila até chegarmos nas 13 semanas. Foi quando fizemos o exame da Translucência Nucal (TN) e houve a desconfiança de que os dois meninos que estavam na mesma placenta estariam desenvolvendo a Síndrome da Transfusão Feto-Fetal (STFF). Ou seja, eles estariam trocando sangue através do cordão umbilical. É uma síndrome bastante perigosa, que pode ocorrer em gestação de gêmeos idênticos e a solução é uma cirurgia intrauterina.

Devido à suspeita, passamos a fazer ecografia para acompanhar o desenvolvimento dos trigêmeos a cada quinze dias. Felizmente, a suspeita não se confirmou e eles se desenvolveram igualmente e sem riscos. Passei a fazer repouso a partir das 25 semanas, quando parei de trabalhar e resolvi iniciar nosso blog Os Trigêmeos da Michele. Tive um problema de inchaço nos rins com 32 semanas. Fiquei hospitalizada por três dias, mas consegui voltar para casa e aguentar mais duas semanas!

Os meninos nasceram em uma cesárea no dia em que completei 34 semanas de gestação. Minha obstetra me examinava com frequência para aguentarmos o máximo possível. Ela dizia: ‘Um dia na barriga são três a menos na UTI neonatal’. Dois dias antes do parto, ela constatou que um dos meninos estava encaixando para nascer e o colo estava curto. Resolveu marcar o parto para não corrermos riscos. Eu agradeci. Já estava no meu limite. Eles nasceram com cerca de 2 quilos cada um. O Matheus, que foi o primeiro, demorou a chorar e preocupou toda a equipe. Mas deu tudo certo. Felizmente, os meninos não tiveram nenhuma intercorrência e ficaram na UTI neonatal por quinze dias apenas para recuperar o peso do nascimento.

Como os meninos estavam em dois sacos gestacionais, todos os médicos nos disseram que eu havia tido dois óvulos que foram fecundados e depois um se dividiu formando dois gêmeos idênticos e um diferente. Porém, no nascimento, já vimos que os três tinham os cabelos ruivos. Se só dois fossem idênticos, era mais provável que só o diferente ou só os dois iguais fossem ruivos. A obstetra comentou que havia, sim, uma remota possibilidade de os três serem idênticos, mas era raríssimo. Só um teste de DNA de gemelaridade nos tiraria esta dúvida. Mas, como não havia necessidade médica para isso e o exame era caro, deixamos de lado.

Enfim, aos 9 anos, depois de tantas coincidências de desenvolvimento entre eles, resolvemos fazer o tal teste. Isso porque fizemos um raio X dos dentes dos trigêmeos, para colocar aparelho, e descobrimos que os três não tinham desenvolvido o pré-molar inferior esquerdo permanente. O mais curioso é que os três não tinham desenvolvido exatamente o mesmo dente! Juntou-se a isso o fato de que eles usam praticamente o mesmo grau de óculos para corrigir o astigmatismo e, ainda, o fato de que eles são iguais mesmo! No teste de DNA o resultado foi que eles são 100% idênticos. Ou seja, foi apenas um óvulo fecundado que se dividiu duas vezes, em fases diferentes. Uma vez até 72 horas após a concepção e outra entre 3 a 8 dias após. Por isso, um deles (Marcelo) tinha uma placenta só para ele e os outros dois (Matheus e Murilo) dividiam a placenta. É meio complicado de entender, mas é um caso bastante raro!

Nós — os pais, e a irmã Mônica — sabemos diferenciar muito bem cada um deles. Reconhecemos pela voz, pelo jeitinho, pelas bobagens que falam. Tem um que é um pouco mais dominador. Enfim, como o jeito deles é diferente, a gente consegue saber. Me confundo na hora de chamar os nomes! (risos) E a gente adora brincar nas redes sociais fingindo que não sabemos quem é quem. Na escola, eles estudaram de 2017 a 2020 em salas separadas porque queríamos que eles explorassem a individualidade. Porém, com as necessidades e aula online em 2020 e 2021, foi bastante difícil coordenar tudo e ter tantos aparelhos em casa. Decidimos, então, colocar na mesma turma.

Em 2022, queríamos separar de novo, mas eles imploraram para continuar juntos. Deixei eles escolherem e acho que tem sido muito melhor. Sozinhos, Murilo e Marcelo eram quietos e pouco se enturmavam. Juntos, se sentem mais à vontade e vão melhor na escola. Matheus, que gostava de estudar separado e tinha mais amigos, acabou decidindo que preferia continuar junto também. Eu não sou gêmea e não entendo exatamente como eles se sentem. Tenho o privilégio de acompanhar de perto o relacionamento deles, mas nunca vou entender exatamente como é. Por isso, a gente conversa bastante e eu respeito as vontades deles. Oriento como penso ser o melhor, mas, no fim, deixo eles decidirem.

Eles são os melhores amigos. Se dão superbem. Confiam uns no outros. Brigam bastante, como qualquer grupo de irmãos, mas a gente nem interfere, pois 5 minutos depois, já estão de bem de novo. Ficam horas conversando, brincando… Eles se entendem.”

Trigêmeos 100% idênticos

Segundo o neonatologista Celso Rebello, da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), um caso de trigêmeos idênticos pe realmente “algo muito raro”. “Não há, na literatura abundante, relatos de casos, justamente pela baixa frequência do evento, mas arrisco dizer que a incidência é de um caso de trigêmeos idênticos para cada 50 ou 200 milhões de gestações”, afirma o médico.

Tipos de gestações gemelares

As gestações gemelares são divididas em vários subtipos. A diferença depende, primeiro, da forma em que a gravidez acontece. Depois, existem as classificações distintas, de acordo com o número de placentas e bolsas amnióticas. Para entender melhor, confira, abaixo, um resumo de cada uma delas.

Os chamados gêmeos univitelinos ou monozigóticos são formados por um único óvulo e um único espermatozóide. O que acontece é que, em algum momento, eles acabam se dividindo. Nesse caso, os gêmeos são idênticos. Já no caso dos gêmeos bivitelinos ou dizigóticos, eles são formados por dois ou mais óvulos, fecundados por dois ou mais espermatozóides, formando, portanto, indivíduos geneticamente distintos.

Em seguida, vêm as classificações pelo número de placentas e bolsas amnióticas. Quando os gêmeos dividem uma mesma placenta, são denominados monocoriônicos — o que só acontece em casos de gêmeos univitelinos. Já quando são duas placentas, são considerados dicoriônicos. Quando eles dividem a mesma bolsa, são considerados monoamnióticos; e quando ficam em bolsas separadas, são diamnióticos.

Nos gêmeos bivitelinos, serão sempre duas placentas e duas bolsas. Nos univitelinos, depende do tempo de divisão. Se acontece muito cedo, pode haver duas bolsas e duas placentas, sendo dicoriônica e diamniótica (di/di). Mas o formato mais comum, no caso de univitelinos, é a gestação ser mono/di, ou seja, os bebês compartilham uma placenta, mas têm duas bolsas. Casos mais raros compartilham placenta e bolsa, sendo monocoriônicos e monoamnióticos (mono/mono). Mais raro ainda é quando são gêmeos siameses, ou seja, unidos. Nesse caso, acontece quando há uma divisão bem tardia do embrião.

Fonte: Revista Crescer/Foto: Arquivo pessoa

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