Veículos formam fila quilométrica na BR-319 e afetam até aulas no AM

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Carretas, ônibus, caminhões e carros de passeio formam longas filas no KM-13 da BR-319, do município do Careiro da Várzea, para chegar a Manaus. Do Careiro até a capital a travessia é por balsa e dura, em média, uma hora. A fila de veículos se forma desde a Ponte do Capitari.

Imagens enviadas ao ATUAL por moradores e motoristas mostram carretas paradas em cima da ponte na fila. Eles temem que a ponte caia com o peso sobre ela. Em média, três balsas particulares fazem a travessia por dia.
A moradora Geane Alves, de 43 anos, relatou  que passageiros de táxis, vans e micro-ônibus descem dos veículos e andam até 2 quilômetros (da ponte do Capitari até a porto do Careiro da Várzea) para tentar embarcar na balsa ou pegar lanchas rápidas. O preço da passagem de lancha é de R$ 15.

Nos vídeos, é possível ver que o trecho de acesso para as balsas é estreito e mesmo assim há filas duplas de veículos. Uma de carros (veículos menores) e outras de carretas. Geane Alves disse que a travessia para carros, apesar da demora, é mais fácil.

A moradora disse que alguns caminhoneiros que esperam vaga nas balsas disseram que esperam, entre 3 e 4 dias, em média, para atravessar para Manaus. Carretas que vem de Rondônia levam, em média, uma semana de viagem.

No Castanho, um posto de combustíveis serve de abrigo para passageiros e motoristas. Com o grande fluxo de veículos na rodovia, moradores do Castanho enfrentam dificuldade de acesso na principal avenida da cidade.

Filas de carros e caminhões aguardando para atravessarem na balsa para Manaus (Imagem: Reprodução)

Geane Alves disse que as aulas na Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves foram suspensas nesta terça-feira (8) porque o ônibus que busca os alunos no Castanho e os leva até a escola não conseguiu passar pelas carretas. O colégio fica a 14 quilômetros do Castanho, na Comunidade Sagrado Coração de Jesus, no município do Careiro da Várzea.

A moradora relatou que a Polícia Rodoviária Federal está atuando no local para tentar conter o fluxo na cidade, mas que não é suficiente.

O caminhoneiro Marcos Antônio Oliveira, de 56 anos, relatou ao ATUALque veio de Santa Catarina com caminhão cheio de alimentos e desde domingo (6) aguarda na fila para tentar atravessar. Hoje, terça-feira, ainda há duas carretas à frente da dele.

“A gente chegou ali no Igapó-Açu [comunidade na BR-319] na sexta-feira (4). Eu vim de Santa Catarina. Cheguei aqui domingo às 8 horas da manhã. Existe uma limitação, os pequenos [veículos] são prioridades”, disse o caminhoneiro.

Um caminhoneiro que não foi identificado disse que o poder público precisa conversar com os motoristas no local porque segundo ele o sofrimento é grande.

“O que não pode é ficar dessa maneira aqui, nesse sofrimento todo. Só uma rampa para passar quase 3 mil carros. Temos mais de 60 carretas paradas, carro pequenos e outros já voltaram pra casa. Está um sofrimento grande aqui”, disse o caminhoneiro.

A travessia entre Manaus e o Careiro da Várzea é feito por balsas particulares. A concessão para o transporte é da Antag (Agência Nacional de Transporte Aquaviário).

Foto: WhatsApp/ *AM Atual

 

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