Veja aspectos que vão apimentar disputa por título da F1 2025 no Catar

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A desclassificação dos dois carros da McLaren, no GP de Las Vegas deste domingo, bagunçou a decisão pelo título da F1 2025. A categoria segue agora para o GP do Catar com não apenas dois, mas agora três pilotos no páreo: Lando Norris, Oscar Piastri e Max Verstappen. Para completar, a etapa reserva fatores que prometem mexer com a disputa neste fim de semana.

Corrida sprint e oito pontos extra em jogo

O fator de mais importância é a existência de outra disputa direta entre os 20 pilotos por até oito pontos extras na etapa. A sexta e última corrida sprint da temporada tomará parte justamente no Circuito de Lusail, aumentando a gama de pontos disponíveis para Norris, Piastri e Verstappen numa fase em que cada ponto conta.

A prova curta será às 11h da manhã do sábado (29/11), no horário de Brasília. Pontuam os oito primeiros colocados, com o vencedor levando oito pontos; o segundo colocado, sete; o terceiro, seis e assim por diante.

Esse aspecto de longe favorece Verstappen, dentre os três. Isso porque o tetracampeão da RBR é vencedor absoluto do formato, com 13 vitórias dentre 24 provas curtas realizadas na F1 desde 2021. É mais que a metade de todas elas, e acima das conquistas somadas de seus outros seis rivais – incluindo Norris, vencedor de três sprints, e Piastri, que triunfou em duas.

Uso restrito de pneus e mais de dois pit stops na corrida

Para evitar riscos causados por superaquecimento, desgaste e o alto grau de energia imposto à borracha, a fornecedora oficial de pneus da F1 decidiu que cada composto só poderá ser utilizado por 25 voltas, no máximo. A decisão foi tomada após a verificação de microfissuras internas nos pneus utilizados em 2024.

Desta forma, a expectativa é que no mínimo dois pit stops sejam adotados, já que a corrida catari possui 57 voltas. No limite de 25 giros, estarão contabilizados as voltas completadas nos treinos, classificações, corrida sprint e na prova principal, mesmo atrás do safety car.

Como este se trata de um fim de semana de sprint, cada piloto terá dois sets de pneus duros, quatro de médios e seis de macios. A mudança deve exigir estratégias mais arriscadas das equipes, diferente da prova do último ano, na qual a maior parte dos pilotos só parou uma vez e a disputa se baseou em gerenciar os pneus.

Embora não seja tão abrasivo devido às baixas temperaturas do outono, no fim de novembro, a Pirelli categoriza Lusail no nível máximo de estresse imposto aos pneus. O valor do desgaste é ainda maior nos pneus esquerdos dianteiros.

Isso acontece porque o circuito possui muitas curvas, um total de 16, de média a alta velocidade; consequentemente, elas exercem uma carga lateral maior nos carros, aumentando o risco de fadiga da borracha. A boa notícia é que, desde o ano passado, sete das zebras destas curvas em Lusail tiveram suas pontas aparadas para evitar danos aos pneus, como ocorreu em 2023.

Coadjuvantes seguem na disputa

Norris, Piastri e Verstappen não vão brigar apenas entre si no Circuito de Lusail neste fim de semana. A disputa pelo Mundial de pilotos também dividirá espaço com o confronto de Mercedes, RBR e Ferrari pelo vice-campeonato de construtores – já que a McLaren assegurou seu decacampeonato em Singapura, no começo de outubro.

No momento, a Mercedes ocupa o segundo lugar na tabela. A equipe vem de um pódio duplo em Las Vegas, assegurado pela desclassificação de Norris e Piastri: George Russell ascendeu ao segundo lugar e Andrea Kimi Antonelli, que brigou e segurou Piastri na pista, subiu do quinto ao terceiro.

O italiano ganhou 13 posições na pista e só terminou a prova atrás do rival da McLaren porque foi punido após queimar a largada. Com ele e Russell, a Mercedes sustenta 40 pontos de vantagem sobre a RBR de Verstappen, que até agora, tem pontuado praticamente sozinho a favor do time.

Logo atrás vem a Ferrari de Charles Leclerc e Lewis Hamilton: quarta colocada, a italiana está 53 pontos atrás da alemã, e só 13 da RBR. E a pressão por resultados na escuderia de Maranello, que ainda não venceu nenhuma corrida em 2025, é grande nos dois lados da garagem.

Para as equipes a pontuação disponível é ainda maior: fazendo tudo certo da sprint até a prova de domingo, são 58 pontos em jogo só no Catar. Em Abu Dhabi, mais 43, totalizando 101 pontos que vão deixar a pista ainda mais movimentada e colocar mais carros no caminho dos três líderes.

Fonte: Globo Esporte/Foto: Bryn Lennon – Formula 1/Formula 1 via Getty Images

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