Início Esportes Verstappen carrega RBR em pontos na F1 2025 e tem início de...

Verstappen carrega RBR em pontos na F1 2025 e tem início de ano raro

0

O torcedor da RBR na Fórmula 1 não sofre de tédio. Enquanto o segundo carro da equipe já gerou uma série de polêmicas – com direito a troca de pilotos após apenas duas corridas, Max Verstappen segue mostrando talento no carro principal e, até aqui, consegue um feito raro: soma todos os pontos da equipe e a coloca entre as três primeiras no campeonato de construtores.

O holandês carrega a escuderia austríaca na F1 2025, e só Alonso e Schumacher conseguiram resultados semelhantes neste século.

O termo “carrega” não é exagero: Verstappen venceu o GP do Japão realizado no último domingo, foi segundo na Austrália e, na China, ficou em terceiro na sprint e em quarto na prova principal. Com isso, somou 61 pontos e é o vice-líder no campeonato de pilotos, um ponto atrás de Lando Norris, da McLaren.

A RBR tem 61 pontos no campeonato de construtores, todos de Verstappen. E apesar de ter um carro problemático e ser quase um time de um piloto só no momento, ainda assim a equipe ocupa a terceira posição na tabela, à frente da Ferrari, com 35 pontos. A Mercedes é vice-líder com 75, e a McLaren lidera com 111.

– Conhecemos nossas limitações. Portanto, só temos que tentar correr contra essa limitação o máximo que pudermos. Mas, sim, o problema (no carro) ainda não foi resolvido. Esperamos que isso seja solucionado em breve, mas não posso dar um prazo para isso. Trata-se apenas de tentar encontrar esse limite, que é muito sensível para nós no momento – disse Max, em coletiva de imprensa após vencer no Japão.

No segundo carro, o time austríaco iniciou o ano com Liam Lawson, mas o jovem da Nova Zelândia não foi capaz de entregar resultados: abandonou na Austrália e foi o 12º na China, sem pontuar. Com isso, acabou sendo “rebaixado” para a RB e viu Yuki Tsunoda assumir a vaga. O japonês estreou em casa, mas também acabou em 12º.

Domínio incomum

Não é fácil colocar uma equipe no top 3 do campeonato sozinho. Neste século, apenas dois pilotos além de Verstappen conseguiram carregar totalmente uma escuderia no início de ano, e ambos com a Ferrari: Fernando Alonso, em 2012, e Michael Schumacher, em 2002.

O espanhol, bicampeão em 2005 e 2006, teve uma temporada espetacular com a Ferrari em 2012 e passou perto de ser tricampeão, com apenas três pontos de diferença para Sebastian Vettel, da RBR. Curiosamente, o início de ano do piloto nem foi tão brilhante assim: ele venceu na Malásia, é verdade, mas foi quinto na Austrália e apenas nono na China.

Ainda assim, Alonso somou todos os 37 pontos da Ferrari e deixou a escuderia em terceiro lugar após três provas. Por outro lado, o brasileiro Felipe Massa teve um início para esquecer e não apareceu na zona de pontuação – abandonou na Austrália, foi 15º na Malásia e 13º na China.

Massa só foi pontuar na quarta prova, com o nono lugar no Bahrein. Enquanto isso, Alonso ganhou mais duas corridas no ano e só perdeu o título para Vettel em uma corrida emocionante e caótica no Brasil, última daquela temporada. No campeonato de construtores, a Ferrari terminou em segundo lugar naquele ano, com 400 pontos – contra 460 da RBR.

Alonso, aliás, se empolgou ao ver o desempenho de Verstappen no GP do Japão deste ano. O espanhol ficou impressionado com a pole position obtida pelo holandês, mesmo sem ter o melhor carro. Depois de Max concretizar a vitória na corrida do último domingo, o agora piloto da Aston Martin se viu nele e fez um paralelo com o ano de 2012:

– Eu já passei por isso. Já andei lutando por títulos mundiais com o terceiro ou quarto carro mais rápido. No fim das contas, é difícil. Assim como foi difícil para mim bater o (Sebastian) Vettel. Espero que ele consiga lutar até o fim, mas eles (RBR) precisam melhorar um pouquinho a máquina – opinou o veterano.

Rubinho sofre, e Schumacher comanda

Anos antes, em 2002, um outro piloto brasileiro viu seu companheiro de equipe dominar o início de campeonato dentro da Ferrari. Rubens Barrichello não somou pontos nas três primeiras corridas daquela temporada, embora não tenha tido tanta culpa: a estreia na Austrália ficou marcada por acidente que tirou ele e outros sete pilotos da prova na largada.

Na Malásia, Rubinho liderou boa parte da prova, mas foi forçado a abandonar na volta 39 com problema no motor. Correndo em casa, mais um azar: o brasileiro ultrapassou Schumacher e assumiu a ponta na volta 14, para delírio da torcida em Interlagos. No entanto, o carro teve um problema hidráulico três voltas depois, e Barrichello foi obrigado a deixar a disputa.

Com os infortúnios de Rubinho, coube a Michael Schumacher carregar a Ferrari em termos de pontuação – e o alemão não decepcionou. Venceu na Austrália, repetiu a dose no Brasil e ficou em terceiro na Malásia, garantindo mais um pódio para a equipe vermelha.

O excelente início deu a Schumi a liderança do campeonato de pilotos, com 24 pontos, seguido pelo irmão Ralf Schumacher (16) e por Juan Pablo Montoya (14). Os dois pilotos que vinham atrás eram da Williams e, somados, fizeram 30 pontos para dar ao time de Grove a ponta do campeonato de construtores. Ainda assim, Michael deixou a Ferrari em um respeitável segundo lugar naquele começo de temporada.

A boa fase de Michael Schumacher se provou crucial para a equipe de Maranello naquele ano. Nas 14 provas seguintes, a Ferrari só não venceu em Mônaco e, portanto, garantiu o título com distância enorme para a Williams: 221 a 92. Schumi venceu mais nove corridas e foi campeão com folga, subindo ao pódio em todas as provas do ano. Rubinho, por sua vez, ainda conseguiu se recuperar; com quatro triunfos, o brasileiro fechou o campeonato em segundo lugar.

Fonte: Globo Esporte/Foto: Sam Bagnall/Sutton Images

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Sair da versão mobile