As operações militares do Paquistão contra a Índia nos últimos dois dias resultaram na morte de “40 a 50 soldados indianos”, de acordo com o ministro da informação Attuallah Tarar. Os combates entre as duas potências nucleares se intensificaram nesta semana ao longo da fronteira entre as áreas da região da Caxemira disputadas pela Índia e pelo Paquistão.
O exército do Paquistão afirmou, nesta quinta-feira, ter derrubado 25 drones indianos. O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, prometeu retaliação depois que a Índia lançou ataques com mísseis na manhã de quarta-feira, intensificando os dias de trocas de tiros ao longo da fronteira.
Até esta quarta-feira, pelo menos 45 mortes foram registradas de ambos os lados após os confrontos, incluindo crianças. — Vingaremos cada gota de sangue desses mártires — declarou Sharif, em um discurso à nação.
Falando após o ataque com mísseis na quarta-feira, o ministro da Defesa da Índia, Rajnath Singh, disse que Nova Délhi tinha o “direito de responder” após um atentado contra turistas em Pahalgam, na Caxemira, no mês passado, quando homens armados mataram 26 pessoas, a maioria hindus.
Ministro indiano promete “resposta muito firme”
O ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, advertiu nesta quinta-feira que qualquer ataque do Paquistão provocará uma “resposta muito firme” por parte da Índia.
— Não é nossa intenção provocar uma escalada maior. Mas, se formos atacados, não há dúvida de que responderemos com muita firmeza — afirmou Jaishankar no início de uma reunião com seu homólogo iraniano, Abbas Araghchi.
O Irã se ofereceu para mediar entre as duas potências nucleares após o atentado de 22 de abril em Pahalgam, uma cidade turística da parte indiana da disputada região da Caxemira.
A Índia acusou o Paquistão de apoiar o grupo jihadista responsabilizado pelo ataque, o que Islamabad negou veementemente. Araghchi se reuniu na segunda-feira com autoridades do governo paquistanês.
— Esperamos que as partes demonstrem moderação para evitar uma escalada das tensões na região — declarou o ministro iraniano ao chegar à Índia.
Fonte: O Globo/Foto: Punit PARANJPE / AFP