Plano para executar Moro tinha controle de gastos e lista de tarefas

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A decisão da Justiça Federal do Paraná que decretou a prisão de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) suspeitos de tramar sequestros e mortes de autoridades revela detalhes do planejamento dos crimes. Imagem obtida pela investigação mostra lista de itens relacionados ao sequestro do ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil).

O arquivo apresenta tarefas possivelmente vinculadas ao plano de sequestro de Moro. Constam itens como o aluguel de imóveis, gastos com alimentação, combustível e pedreiro para construir cofre onde seriam escondidas armas.

Em outro arquivo, os suspeitos listaram os custos da operação de maneira cifrada. Um dos pontos mostra custo de R$ 10 mil relacionados ao pagamento de viagem para cumprir o plano de sequestro e morte do ex-juiz. São elencados, por exemplo, gastos estimados em R$ 18 mil com estacionamento no Paraná.

Confira imagens obtidas pela investigação:

Foto: Reprodução

Levantamento de informações

A investigação encontrou em uma troca de mensagens entre os suspeitos a imagem de um caderno com informações a respeito do ex-juiz e da família dele. As anotações trazem levantamento de informações pessoais das vítimas.

Estão anotados, por exemplo, nomes completos do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, da esposa dele, a deputada federal Rosângela Moro (União-SP), e dos filhos do casal, além de contatos. As investigações constataram que a intenção do grupo criminoso era matar toda a família do senador.

“Importante destacar que as anotações não se referem apenas ao senador, mas à sua esposa e filhos, indicando que eles também podem ser alvo dos criminosos”, consta na representação policial.

Operação no 2º turno

Na decisão da juíza Gabriela Hardt, da Justiça Federal do Paraná, constam detalhes de que o grupo criminoso planejava sequestrar o ex-juiz e senador Sergio Moro no 2º turno das eleições de 2022.

Em troca de mensagens interceptada pela investigação, é exposto um plano para sequestrar Moro no Clube Duque de Caxias, local onde ele votou, no Paraná

Além do ex-juiz, os integrantes do PCC tinham como alvo o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco), e outras autoridades.

A juíza Gabriela baseou os mandados de prisão em crimes como organização criminosa, extorsão mediante sequestro e porte ilegal de arma de fogo.

De acordo com as investigações, o sequestro e a morte de Moro e de outras autoridades seriam feitos para obter dinheiro e conseguir o resgate de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC.

*Metrópoles

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