Após queda de ministro, governo oficializa trocas no comando do GSI

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O Palácio do Planalto oficializou, na noite desta quarta-feira (19/4), as trocas no comando do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI). Em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), o governo publicou as exonerações, a pedido, do general Gonçalves Dias do cargo de ministro e de Ricardo Nigri, que ocupava a Secretaria Executiva do GSI.

Na mesma publicação, assinadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Planalto nominou o atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, para assumir o comando do GSI de forma interina.

Gonçalves Dias pediu demissão do cargo na tarde desta quarta, após a CNN Brasil divulgar um vídeo que mostra o chefe do GSI dentro do Palácio do Planalto durante as invasões golpistas de 8 de janeiro. Com a exoneração do ministro, o alto escalão do presidente Lula tem a primeira baixa desde a posse, em janeiro deste ano.

Nas gravações é possível ver, além de Gonçalves Dias, militares do GSI, que são responsáveis pela segurança de autoridades e do Planalto, guiando os invasores para portas de saída, em clima ameno.

Após o pedido de demissão de Dias, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República disse que “não haverá impunidade para os envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro”. Veja a íntegra da nota:

“A violência terrorista que se instalou no dia 8 de janeiro contra os Três Poderes da República alcançou um governo recém-empossado, portanto, com muitas equipes ainda remanescentes da gestão anterior, inclusive no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que foram afastados nos dias subsequentes ao episódio.

As imagens do dia 8 de janeiro estão em poder da Polícia Federal, que tem desde então investigado e realizado prisões de acordo com ordens judiciais.

No dia 17 de fevereiro, a Polícia Federal pediu autorização para investigar militares e, a partir do dia 27 de fevereiro, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), tem realizado tais investigações, inclusive com a realização de prisões.

Dessa forma, todos os militares envolvidos no dia 8 de janeiro já estão sendo identificados e investigados no âmbito do referido inquérito. Já foram ouvidos 81 militares, inclusive do GSI.

O governo tem tomado todas as medidas que lhe cabem na investigação do episódio.

E reafirma que todos os envolvidos em atos criminosos no dia 8 de janeiro, civis ou militares, estão sendo identificados pela Polícia Federal e apresentados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.

A orientação do governo permanece a mesma: não haverá impunidade para os envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro.”

*Metrópoles

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