Demora para retirar escombros atrasa obras de novas pontes que caíram na BR-319, no AM

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A cheia amazônica e a correnteza atrasaram a retirada dos escombros das pontes que caíram nos Rios Curuçá e Autaz Mirim, na BR-319, em 2022. De acordo com o superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Amazonas, Luciano Moreira de Sousa Filho, com o imprevisto, a obra que ficaria pronta em outubro deste ano, só será concluída em 2024.

A ponte sobre o Rio Curuçá caiu no dia 28 de setembro de 2022, deixando cinco mortos e 14 feridos. No dia 8 de outubro do mesmo ano, ou seja, 11 dias depois, a ponte sobre o Rio Autaz Mirim também desabou. Esse segundo acidente não fez vítimas.

Ponte Autaz Mirim da BR-319 desaba no Amazonas  — Foto: Associação de Amigos e Defensores da BR-319/Divulgação

Ponte Autaz Mirim da BR-319 desaba no Amazonas — Foto: Associação de Amigos e Defensores da BR-319/Divulgação

Durante a audiência pública para tratar sobre as obras das pontes realizada na terça-feira (13), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o superintendente do Dnit-AM informou que para construir as novas pontes, é necessário que seja removido qualquer escombro das antigas estruturas.

Entretanto, a cheia do rios e a velocidade da correnteza, dificultam o trabalho dos mergulhadores que retiram os destroços.

“Nós tivemos um atraso na remoção dos escombros, porque precisa do serviço de mergulho e o nível do rio está bem elevado e a velocidade aumentou bastante. Então as empresas que tiveram que fazer a remoção, tiveram que parar e retomar agora na vazante”, contou o superintendente durante a audiência.

Buscas por desaparecidos após queda de ponte na BR-319, no Amazonas — Foto: Corpo de Bombeiros do Amazonas

Buscas por desaparecidos após queda de ponte na BR-319, no Amazonas — Foto: Corpo de Bombeiros do Amazonas

Sem esse contratempo e se o cronograma tivesse sido seguido, as pontes começariam a ser construídas neste mês e finalizadas em outubro de 2023. Com o atraso, apenas em 2024.

“A gente queria antes que essas pontes estivessem concluídas até outubro, mas a gente está percebendo que não vai dá, ocorreram vários imprevistos. […] mas digamos que mais seis meses, a partir de outubro, a gente acredita que vai concluir as pontes definitivas”, disse o superintendente à Rede Amazônica.

Andamento das obras

Ponte sobre Rio Curuçá desabou em trecho da BR-319, no Amazonas — Foto: Ruthiene Bindá/Rede Amazônica

Ponte sobre Rio Curuçá desabou em trecho da BR-319, no Amazonas — Foto: Ruthiene Bindá/Rede Amazônica

Apesar da demora para início e finalização das obras, Moreira afirmou que o projeto de construção das pontes está em fase final e que a estrutura sobre o Rio Curuçá começará a receber as fundações assim que os escombros forem retirados.

“No Curuçá, a empresa já está mobilizada, já construiu o canteiro de obra, já está com equipamento e pessoal mobilizado, e o projeto em uma semana, está aprovado pelo Dnit. O Autaz Mirim será em seguida”, informou.

Pontes improvisadas

Balsa iniciou travessia sobre o rio Curuçá, na BR-174, nesta quarta-feira (2). — Foto: William Duarte/Rede Amazônica

Balsa iniciou travessia sobre o rio Curuçá, na BR-174, nesta quarta-feira (2). — Foto: William Duarte/Rede Amazônica

Atualmente, a travessia pelos dois pontos é feito por meio de balsas. A forma de locomoção é motivo de reclamação por parte dos motoristas, já que precisam enfrentar filas e atrasos para chegarem ao destino desejado.

Como as pontes definitivas não ficarão prontas em outubro deste ano, a solução é a construção de pontes temporárias.

“O Dnit-AM irá aproveitar o período de vazante para construir pontes temporárias, de madeira e de estrutura metálica. Com certeza não vai resolver 100% o problema da população, mas vai melhorar em muito a travessia, que hoje é feito de balsa”, disse.

Segundo o superintendente do Dnit no Amazonas, as obras começam em outubro, quando o contrato com a empresa responsável pela travessia for encerrado.

“Mesmo assim, o tráfico ainda não volta ao normal do que era antes, porque passa apenas um veículo, é uma mão. É aquele sistema do ‘pare e siga’. De qualquer forma, vai ser muito mais rápido do que a atual travessia”, revelou o superintendente.

*g1 / Foto: William Duarte / Rede Amazônica

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