Renan Calheiros diz que lei “Dani-Lira” é “lixo” e Câmara reage

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Renan Calheiros (MDB-AL) classificou como “lixo” o projeto de lei que protege políticos de “discriminação”, aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados. Além de atacar a autora Dani Cunha (União-RJ), o senador também fez críticas a Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa Baixa. Diversas lideranças reagiram e assinaram uma nota de repúdio às falas do parlamentar.

A nota foi assinada pelos líderes: Felipe Carreras (PSB-PE), Elmar Nascimento (União-BA), Adolfo Viana (PSDB-BA), Fred Costa (Patriota-MG), Alex Manente (Cidadania-SP), André Figueiredo (PDT-CE), André Fufuca (PP-MA), Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), Luis Tibé (Avante-MG) e Altineu Côrtes (PL-RJ).

“A lei Dani/Lira é um lixo legislativo. Não há hipótese de passar no Senado Federal. Só faltou mudarem o plenário da Câmara de Ulysses Guimarães para Eduardo Cunha. É o desenrola do Lira. Inacreditável o apoio do MDB e PT”, disse Renan Calheiros no Twitter. A matéria foi aprovada no dia 14/6, em votação relâmpago, e sofreu diversas críticas da sociedade civil.

No texto, os líderes apontam que Renan Calheiros reduz a atuação do Congresso a uma disputa regional, colocando “seus interesses acima dos interesses da nação”. O senador é rival de Arthur Lira em Alagoas. Eles ocupam grupos políticos opostos, e apoiaram diferentes candidatos no estado nas eleições de 2022. Há inclusive a possibilidade de disputarem uma vaga ao Senado nas eleições de 2026.

“Discursos vazios, pobres em soluções e ricos em frases de efeito, em busca de ‘likes’, só servem àqueles que se beneficiam de um modelo de país em que as instituições trilham caminhos opostos, gerando consequências nefastas ao nosso povo. É irresponsável um parlamentar proferir palavras vazias e odiosas sem qualquer prova”, diz trecho da nota.

Ataques

Recentemente, Renan Calheiros classificou o Arthur Lira como um mau exemplo e acusou o rival alagoano de dar calotes financeiros e de agredir a ex-esposa. O presidente da Câmara dos Deputados rebateu. Disse que o problema do rival alagoano “é psiquiátrico”.

Foto:Hugo Barreto/Igo Estrela/Metrópoles

*Metrópoles

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