Após abrir em alta, o dólar mudou o sinal e operava em baixa nesta quinta-feira (3/7), em um dia no qual os investidores concentram suas atenções no cenário internacional, com a divulgação dos dados oficiais de emprego nos Estados Unidos, a maior economia do mundo.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), ultrapassou os 141 mil pontos e renovou sua máxima histórica.
Ações ligadas ao setor financeiro também avançavam, impulsionando o Ibovespa.
Dólar
- Às 12h37, o dólar caía 0,04%, a R$ 5,419, praticamente estável.
- Mais cedo, às 11, a moeda norte-americana recuava 0,16% e era negociada a R$ 5,413.
- Na véspera, o dólar fechou em queda de 0,74%, cotado a R$ 5,421.
- Foi o menor valor da moeda desde 19 de agosto de 2024 – ou seja, em quase 11 meses –, quando chegou a R$ 5,411.
- Com o resultado, o dólar acumula perdas de 0,24% no mês e de 12,28% no ano.
Ibovespa
- Nesta quinta, o Ibovespa ultrapassou os 141 mil pontos e renovou sua máxima histórica.
- Na máxima do pregão até aqui, o indicador avançou 1,49%, aos 141.116,95 pontos.
- Às 12h39, o Ibovespa avançava 1,22%, aos 140,7 mil pontos.
- No dia anterior, o indicador fechou o pregão em baixa de 0,36%, aos 139 mil pontos.
- Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula alta de 0,14% em julho e de 15,6% em 2025.
“Payroll” nos EUA
O principal destaque do dia é a divulgação do chamado “payroll”, um indicador econômico mensal dos EUA que indica a evolução do emprego no país fora do setor agrícola.
O relatório, divulgado pelo Bureau of Labor Statistics (BLS), é considerado determinante para as avaliações sobre o desempenho da economia norte-americana.
Os EUA registraram a criação de 147 mil vagas de emprego fora do setor agrícola em junho. O resultado veio acima das projeções do mercado, que indicavam a criação de 111 mil vagas.
A taxa de desemprego ficou em 4,1%. Em maio, o “payroll” mostrou a abertura de 144 mil vagas no país (dado revisado) e uma taxa de desemprego de 4,2%.
A força do mercado de trabalho nos EUA é um dos componentes considerados pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) para definir a taxa de juros e esfriar a demanda na economia para combater a inflação.
Analistas temem que uma possível aceleração do mercado de trabalho nos EUA leve a um novo aperto da política monetária pelo Fed. Nesse sentido, a criação de vagas acima das expectativas pode ser interpretada como uma notícia negativa.
Atualmente, a taxa de juros nos EUA está no intervalo entre 4,25% e 4,5% ao ano – o percentual foi mantido inalterado na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed.
A taxa de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação.
O Índice de Preços ao Consumidor nos EUA (CPI, na sigla em inglês), que mede a inflação no país, ficou em 2,4% em maio, na base anual, uma leve alta em relação aos 2,3% registrados em abril. Na comparação mensal, o índice foi de 0,1%, ante 0,2% em abril.
Nos últimos dias, diretores do Fed indicaram que o BC norte-americano poderia avaliar o início do ciclo de queda dos juros já a partir da próxima reunião do Fomc, marcada para os dias 29 e 30 de julho. Falando na Câmara dos Deputados e no Senado dos EUA, o presidente do Fed, Jerome Powell, adotou um discurso bem mais comedido.
Fonte: Metrópoles/Foto: Artem Priakhin/SOPA Images/LightRocket via Getty Images