Os rumores sobre um acordo entre Max Verstappen e a Mercedes visando 2026 ainda circulam no GP da Inglaterra: depois de Lewis Hamilton fazer “propaganda” de seu ex-time ao rival, o chefe da RBR, Christian Horner abordou o assunto na coletiva de gestores. O inglês reforçou que a relação com o tetracampeão segue boa, mas admitiu não ser capaz de assegurar, com 100% de certeza, que ele fica.
– Temos um ótimo relacionamento com Max. Sabemos onde estamos em relação ao contrato, que sempre permanecerá confidencial entre ele e a equipe. Estamos concentrados apenas no desempenho; se as coisas continuarem como estão, ele estará conosco 100% no próximo ano. Mas é impossível dizer 100%… Está claro que George Russell ficará 100% na Mercedes no próximo ano? – disse Horner, na coletiva de chefes de equipe nesta sexta-feira.
Os rumores, que já circulam na categoria desde o último fim de semana, ganharam força na terça-feira quando a “Sky Sports Itália” noticiou o avanço das conversas entre o holandês e a Mercedes – apesar da hesitação de diretores da companhia alemã.
Ainda na coletiva dos gestores, Horner foi perguntado sobre um plano B, caso Verstappen de fato deixe a RBR. Sentado ao lado de Zak Brown, CEO da McLaren, virou-se para o colega e respondeu em tom de brincadeira:
– Você sabe… Oscar Piastri!
Dias antes, o próprio chefe da octacampeã de construtores, Toto Wolff, desviou-se de negar estar sob tratativas com o tetracampeão ao passo em que negocia a renovação de George Russell. O piloto da Mercedes abordou o assunto no GP da Áustria: segundo ele, o time estaria postergando estender seu vínculo pois ainda espera por um “sim” de Verstappen.
Um dos fatores a alimentar essa possibilidade é a existência de uma cláusula de desempenho no contrato do holandês: se ele ou a equipe não estiverem ao menos no top 3 do campeonato de pilotos e de construtores até as férias de verão, que se iniciam após o GP da Hungria em 3 de agosto, Max pode romper seu vínculo com a RBR antes do fim previsto, para 2028.
– Os contratos entre os pilotos e as equipes sempre permanecerão confidenciais. Em qualquer contrato de um piloto há um elemento de desempenho e isso existe no contrato de Max – reconheceu Horner, acrescentando:
– Com certeza, a intenção dele é de pilotar para nós em 2026. Mas é inevitável que ele seja de grande interesse para qualquer outra equipe no pit lane. George desencadeou toda essa especulação, provavelmente tentando alavancar sua própria situação e forçar uma clareza (da Mercedes), o que é compreensível pois ele também fez uma temporada muito boa este ano.
Verstappen se limitou a responder que não possuía “nada a declarar” sobre o tema, ao chegar em Silverstone. Mas se o holandês não afirma, nem nega, Horner enfatiza que a relação do piloto com a RBR segue boa apesar do clima ruim na pista.
– O mais importante é o relacionamento entre o piloto e a equipe. Há um acordo que define isso também. Max está na RBR desde o início de sua carreira, todo o seu sucesso veio com carros da RBR e ele é uma grande parte da nossa equipe. Ele tem muita fé na equipe, nas pessoas ao seu redor. Embora sempre haja especulações, acho que nós nos sentimos bastante confortáveis com a situação em que nos encontramos – garantiu Horner.
Fonte: Globo Esporte/Foto: Clive Mason/Getty Images