A URNA, a CPMI e o 7

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Motivo de desconfiança há algum tempo, a URNA se tornou, principalmente após as eleições de 2022, um sinônimo de desconfiança ou para aqueles mais radicais, um sinônimo de FRAUDE. Facilmente comprovadas, tais afirmações estão nas leituras dos noticiários dos últimos 360 dias. Portanto, a URNA, hoje, está sem credibilidade para uma boa parte da população e mesmo aqueles que tentam defender a sua credibilidade lhes faltam alguma credibilidade. Em 1º de setembro de 1939, Adolf Hitler, chanceler do Reich e ditador alemão, perante o Reichstag (Parlamento) em Berlim e através do rádio para todo o país, proferiu a seguinte frase mentirosa, que ajudou a deflagrar a Segunda Grande Guerra: “Desde 5h45, o fogo está sendo revidado”. Na verdade, foi a Alemanha quem iniciou a guerra e não ao contrário. Já, antes, às 5h, um navio alemão atirou contra militares poloneses. A história ensina o poder da mentira quando emanada de fontes politicamente poderosas, como Hitler. No caso das urnas, o poder político e judicial sobre elas é tão grande que a dúvida ainda persiste. Se as cartas fossem colocadas à mesa tudo se resolveria ou, pelo menos, a dúvida se enfraqueceria. Na Segunda Guerra Púnica, a decisiva Batalha de Canas (02/08/216 a.C.) ou Batalha da Aniquilação, o general cartaginês, Aníbal, esmagou os romanos comandados por Varrão. Dos quase 80 mil soldados romanos que foram ao campo de batalha, apenas cerca de 10 mil sobreviveram. Anibal utilizou a tática de ceder o meio da sua tropa permitindo, inicialmente, que o exército romano superasse as foças cartaginesas no centro do campo de batalha. Depois que os romanos avançaram sensivelmente sobre os cartagineses, Aníbal entrou com o grosso da sua tropa pelas duas laterais do campo de batalha, efetuando um duplo envolvimento nos romanos e cercando-os pelos lados até fechar o cerco, impedindo a passagem de reforço em pessoal e material para a tropa de Varrão. Depois disso, os romanos foram aniquilados. Atualmente, a oposição trava uma batalha na “CPMI de 08 de janeiro”. Talvez, ingenuamente, por falta de experiência política, alguns políticos da oposição, com alguns arroubos de justiça e se sentindo poderosos, avançam ferozmente sobre as testemunhas “perebentas” que foram lançadas por quem, ardilosamente, comanda a batalha. Porém, pelos lados escusos, se vão apagando provas e, talvez, comprando testemunhas, além de confiar que o tempo (ano que vem tem eleição com a tal URNA) fará o cerco fatal. A oposição está, como os romanos, avançando pelo meio e desguarnecendo os francos. Triste fim para os quase 70 mil soldados romanos mortos. Aqui chegam a dois mil? Daqui a pouco será 7 de setembro. Como um açude prestes a estourar, que o aguaceiro de março castigou com muita lama e sujeira das cidades politizadas, com um povo indeciso, entre a forca e a coragem, o 7 chegará tal qual uma curva do destino que pode esconder um precipício para o vale da salvação ou uma rua esburacada, tão comum como o comum do dia a dia de um povo sem rumo. Quem sabe, Deus, na sua infinita sabedoria, autorize um novo Grito? Dons Pedros, os Caxias, onde estão que não respondem?

Por: Elias do Brasil / escritor e historiador, membro do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB) e articulista.

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