O Amazonas já registrou dois casos de monkeypox em 2024, segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do estado (FVS-AM). Segundo a entidade, o último caso foi confirmado em fevereiro. Desde então não há registro da doença. Em 2023, foram confirmados dez casos em todo o estado.
Com isso, o cenário da doença no estado é estável.
Na quarta-feira (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que a doença é, mais uma vez, uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).
O mais alto nível de alerta da organização havia sido declarado para o surto da “varíola dos macacos”, como era então conhecida a doença, no final de julho de 2022. Somente em maio de 2023 que a organização decidiu rebaixar seu status, por causa da diminuição global do número de casos (como também aconteceu com a Covid).
Apesar da estabilidade de casos no Amazonas, a FVS divulgou, na sexta-feira (16), uma nota com esclarecimentos sobre a doença, para a população em geral e profissionais de saúde, recomendando o fortalecimento das ações de vigilância no Amazonas como forma preventiva diante do cenário de emergência de saúde pública internacional.
“O manejo adequado de pacientes é importante para evitar casos graves e óbitos. Os casos, sendo suspeitos ou confirmados, são de notificação compulsória imediata”, alertou a diretora-presidente da FVS, Tatyana Amorim.
Segundo a FVS, a transmissão da doença ocorre principalmente por meio de contato pessoal próximo, incluindo contato direto com lesões de pele, erupções cutâneas, crostas ou fluidos corporais de uma pessoa infectada; contato íntimo ou sexual; com objetos e superfícies contaminadas; ou com secreções respiratórias.
Recomendações
A Nota Informativa, produzida pela FVS, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) do Amazonas, inclui a adoção de medidas de prevenção à Mpox, como:
- Evitar contato direto com lesões de pele, erupções cutâneas, crostas e fluidos corporais de pessoas infectadas;
- lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou utilizar álcool em gel;
- prática do sexo seguro, usando preservativo;
- manter a etiqueta respiratória, cobrindo boca e nariz ao tossir ou espirrar;
- usar máscaras de proteção respiratória em ambientes com probabilidade alta de transmissão;
- e manter a higiene pessoal.
Além disso, pessoas que apresentarem sintomas devem procurar atendimento médico imediato e seguir as orientações de isolamento para prevenir a transmissão. A FVS também destaca que a vacinação é uma medida eficaz de proteção, especialmente para os grupos determinados pelo Ministério da Saúde.
*G1/AM/Foto: NIAID via AP, File