As jogadoras da WNBA, liga americana de basquete feminino, Nneka Ogwumike e Elizabeth Williams, têm esperança de estarem nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Apesar de serem americanas, as atletas têm pais nigerianos, tornando-as cidadãs nigerianas por descendência. Como ficaram fora da lista da técnica Dawn Staley, Williams, Nneka e sua irmã Chiney fizeram uma petição para representar a Nigéria nos Jogos.
Porém, apenas Chiney foi aprovada para jogar como cidadã naturalizada. As outras duas tiveram seus pedidos recusados por causa de seu ‘envolvimento significativo’ por mais de 10 anos com a seleção de basquete dos Estados Unidos. Na Olimpíada do Rio-2016, Nneka também não foi escolhida pela equipe norte-americana, mesmo tendo sido eleita a MVP (jogadora mais valiosa) da WNBA naquele ano.
Geralmente, a Federação Internacional de Basquete, não permite mudanças de seleção após os atletas atingirem os 17 anos. No entanto, se a alteração é para o interesse do desenvolvimento do basquete, há uma exceção. Por isso, o trio fez um apelo à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) alegando que sua participação na equipe nigeriana, que já conta com Erika Ogwumike, uma das quatro irmãs da família, melhoraria a performance do time e aumentaria a proeminência do esporte.
Segundo a ESPN, o apelo diz que ‘inequivocamente, esse é o caso para um país que atualmente é o 17º no Ranking Mundial da Fiba’. “Um desempenho excepcional do time feminino de basquete da Nigéria nos Jogos Olímpicos seria sem dúvidas do interesse do desenvolvimento do basquete no país”. Vale destacar que o grupo também contesta a classificação de Chiney como cidadã naturalizada. Isso porque apenas uma jogadora com esse status pode competir nos Jogos, o que impossibilitaria a presença das três na equipe.
Como elas são cidadãs nigerianas desde o nascimento por causa de seus pais, o objetivo é que o CAS considere-as como cidadãs de fato. A decisão do elenco que jogará em Tóquio está prevista para o próximo domingo, 25. Sendo assim, Williams e Nkeka torcem que o órgão emita uma permissão provisória até que elas possam competir oficialmente pela Nigéria. Isso significaria que as atletas poderiam viajar e jogar pelo time imediatamente, a não ser que a decisão da corte seja desfavorável.
A estreia da seleção nigeriana na Olimpíada será justamente contra os Estados Unidos, no dia 27 de julho. Por conta disso, Williams e as irmãs Ogwumike, que fizeram parte da preparação da equipe para a competição, pediram que o CAS tome sua decisão até o dia 26.
*Estadão Conteúdo