O dono de uma barraca vizinha a do pai do menino Edson Davi Silva de Almeida, de 6 anos, que está desaparecido desde quinta-feira (4), disse que a criança chegou a pedir uma prancha de bodyboard emprestada horas antes do seu sumiço.
A barraca fica localizada a cerca de 70 metros do ponto onde a criança ficava com o pai. De acordo com o barraqueiro, ele chegou a dizer para Davi que não iria emprestar porque o mar estava muito agitado naquele dia.
Segundo ele, naquela tarde o mar estava bastante agitado e com ondas grandes. Duas bandeiras vermelhas indicavam uma enorme vala naquele trecho.
De acordo com a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) nesse mesmo dia a criança chegou a brincar sozinha na beira do mar, mas foi alertada por salva vidas que deveria se afastar da água.
A informação foi dada por um funcionário da barraca do próprio pai da criança, que chegou a alertar Davi que não era para brincar na beira d’água. Segundo ele, o menino tinha o hábito de ir sozinho ao mar.
Investigação
Através das imagens recolhidas, os investigadores descobriram que Édson saiu da barraca do pai, que fica em frente ao posto de salva-vidas, andou cerca de 100 metros pelo calçadão até um quiosque na direção do posto 5 e desceu novamente para a areia no trecho onde o funcionário ouvido trabalha. Pouco depois, o menino desapareceu.
As câmeras também ajudam a esclarecer a suspeita de rapto em relação ao momento em que Davi brincava com outras crianças. É possível ver a família deixando a praia sem a presença do menino.
Uma das principais linhas de investigação é o possível afogamento da criança.
De acordo com a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), imagens de câmeras de segurança foram analisadas e mostram o menino caminhando pelo calçadão, por um percurso de cerca de 100 metros. Ele fala com um homem, e volta, depois, para a areia.
Os agentes continuam analisando imagens da região e ouvem testemunhas para localizá-lo. O Corpo de Bombeiros também foi acionado e realizou buscas no mar.
As últimas imagens conhecidas do menino, até os vídeos obtidos pela polícia, eram uma gravação feita pelo pai de Édson que mostrava ele jogando bola com outras duas crianças.
O menino acompanhava o pai, que trabalha como barraqueiro, e estava brincando na areia quando sumiu. A família afirma que as crianças estavam acompanhadas de um outro homem e acredita que ele pode ter sido levado.
No início da tarde, funcionários da barraca prestavam depoimento na Cidade da Polícia. Eles contaram que o homem que estava com as crianças parecia ser estrangeiro. Imagens mostram, no entanto, que as crianças deixaram a praia antes de Édson descer em direção à areia.
“Só o que me resta agora: a fé e a esperança de achar o meu filho. Tô só viva. Mas sabe quando você mata uma pessoa e fica só o corpo? É como eu estou me sentindo agora. Eu não tenho vontade de fazer mais nada da minha vida. Devolve o meu filho, devolve o meu em qualquer lugar em segurança, eu te imploro”, disse a mãe do menino, Marize Araújo.
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