Apple corre para encher aviões com iPhones e evitar tarifas

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No que depender da Apple, o iPhone continuará com o mesmo preço pré-tarifaço de Donald Trump enquanto durarem os estoques. E, para reforçá-los, a imprensa indiana relata que a companhia correu contra o tempo para encher cinco aviões com celulares e outros produtos desejados.

A ideia era levar os aviões da Índia para os Estados Unidos nos últimos dias de março, antes que as novas tarifas impostas por Trump, de 26%, começassem a valer. Autoridades ouvidas por um jornal indiano confirmam a informação. Por óbvio, é improvável que a Apple se manifeste sobre o assunto.

Não temos como saber a carga exata transportada pela companhia. No entanto, é sabido que ela utiliza aviões cargueiros de diversos parceiros logísticos durante a alta temporada de iPhone, nas vendas de fim de ano. Uma aeronave deste porte é capaz de transportar mais de 100 toneladas de mercadorias.

Leve em consideração que as caixas de celular estão reduzidas, e temos uma projeção de que mais de 1 milhão de aparelhos transportados na semana passada. Como eles ingressaram nos EUA antes do início do tarifaço, o impacto tributário é menor.

Ainda não se sabe o que a Apple pretende fazer com os preços dos produtos após a vigência total das novas tarifas. A imprensa dos Estados Unidos estima que o iPhone 16 Pro custe US$ 580 para ser fabricado, e depois é vendido por US$ 1.100. O custo da Apple poderia subir para US$ 847 com as novas regras de comércio, uma considerável diferença de quase US$ 300.

Conforme explicamos na coluna Dia a Dia Digital, o iPhone é o produto perfeito para compreender a extensão de uma companhia verdadeiramente global. Ele é orgulhosamente projetado nos Estados Unidos, porém com peças do mundo todo: sistema de câmeras do Japão, tela da Coreia do Sul e processador de Taiwan, apenas para citar alguns componentes.

Já a montagem acontece principalmente na China – apesar de o país perder importância nos últimos anos – e na Índia. Alguns analistas acreditam que a fabricante irá apostar ainda mais nos parceiros baseados em território indiano, tendo em vista as tensões entre americanos e chineses.

Mesmo assim, é digno de nota observar que até as plantas na Índia são mantidas pela majoritariamente pela Foxconn, a mesma gigante de eletrônicos que monta o iPhone em território chinês. Muda a localidade, mas os envolvidos são basicamente os mesmos.

Fonte: CBN/Foto: Reprodução/Apple

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