Após retomar as audiências nesta segunda-feira, a Justiça Federal em Tabatinga (AM) marcou para a próxima quinta-feira (20) a continuação da instrução e julgamento dos acusados pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Respondem pelo crime Amarildo da Costa de Oliveira (Pelado), Oseney da Costa de Oliveira (Dos Santos) e Jefferson da Silva Lima (Pelado da Dinha).
A audiência desta segunda-feira foi realizada virtualmente pelo juiz federal Wendelson Pereira Pessoa, que iniciou a oitiva das testemunhas apresentadas na ação. Conforme consulta da reportagem ao sistema da Justiça Federal, são 25 testemunhas registradas para o caso. O teor das oitivas ainda não está público.
A defesa dos acusados ainda tentou adiar a audiência, mas sem sucesso. A alegação era de que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) deve julgar, em breve, uma possível conexão entre o caso dos assassinatos e um outro processo que trata da pesca ilegal e organização criminosa na região.
Esta segunda ação tramita na 2ª Vara Criminal da Justiça Federal, em Manaus – especializada em casos do tipo. A decisão do TRF1 pode fazer com que o processo saia do Fórum de Tabatinga para tramitar na capital do Amazonas.
Além disso, como uma das testemunhas ouvidas nesta segunda-feira (Ruben Villar, vulgo ‘Colômbia’) é réu neste outro processo, a defesa dos acusados entendeu que poderia haver prejuízo a ele, o que foi negado pelo juiz. Ele também recusou o pedido para que um advogado acompanhasse a testemunha.
Além de Ruben Villar, foram ouvidos nesta segunda-feira Josenete Campos de Freitas (esposa de Pelado), Eliclei Costa de Oliveira (Sirinha, irmão de Pelado), Laurimar Lopes (Caboco, cunhado de Pelado) e Otavio da Costa Oliveira (Gueirão, irmão de Pelado).
A previsão é que após a audiência desta quinta-feira, haja uma continuação no próximo dia 27 de julho. A reportagem tenta contato com a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) para obter mais informações acerca desta primeira audiência.
Foto: Nelson Almeida/AFP
*A crítica