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Câncer: mortes pela doença vão quase duplicar em todo o mundo até 2050; veja projeção

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O número de mortes por câncer no mundo vai quase dobrar até o ano de 2050, de acordo com projeção para 185 países e territórios. Segundo o trabalho publicado na revista científica JAMA Network, 8,8 milhões pessoas morrerão a mais pela doença, em comparação com 2022.

A equipe prevê que os casos de câncer irão aumentar 77%, o que significaria 15,3 milhões de casos adicionais em 2050. A projeção indica que os números apresentam uma alta taxa de crescimento para países com classificações baixas ou médias no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Os casos e mortes por câncer são projetados para quase triplicar em países com baixo IDH até 2050, em comparação com um aumento moderado em países com IDH muito alto (…) Muitos fatores podem contribuir para isso, como o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento, que são desproporcionalmente afetados por emergências e crises globais”, aponta o estudo.

Além disso, o cenário de maior surgimento de novos casos e mortes entre homens, quando comparados com mulheres, foi projetado para aumentar em até 16% em 2050. O número projetado de mortes entre mulheres é de 8,0 milhões, um aumento de 85,2% em relação à estimativa do primeiro ano analisado. Já o o principal câncer será o câncer de pulmão, respondendo por 13,1% dos novos casos, e associado a 19,2% das mortes por câncer.

No total, foram analisados pela equipe 36 tipos de câncer em dados populacionais obtidos do banco de dados do Global Cancer Observatory. O trabalho também levou em consideração sexo, idade, país ou território, região e IDH.

“Expandir a cobertura universal de seguro saúde e cuidados primários de saúde em todo o mundo apresenta uma estratégia promissora para reduzir disparidades e melhorar os resultados do câncer por meio da alavancagem de esforços para prevenção do câncer e fornecimento de opções básicas de tratamento do câncer”, concluem os cientistas.

Fonte: O Globo/Foto: Sonu Subudhi e Sophie Steinbuch, Hospital Geral de Massachusetts

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