Caso Vaneza: Zinho acusa três PMs por morte de policial, um deles trabalhava na mesma unidade em que ela

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Preso na Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, conhecida como Bangu 1, Luís Antonio da Silva Braga, o Zinho, nega ter mandado matar a cabo Vaneza Lobão, de 31 anos, responsável por investigar as milícias na Zona Oeste do Rio. Investigadores da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) ouviram o principal chefe do grupo criminoso na cadeia. Aos agentes, o miliciano afirmou que o homicídio de Vaneza teve como autores seus próprios colegas de farda.

Zinho disse aos policiais civis que a morte da agente teve a participação de um PM que trabalhava com ela na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), órgão responsável por apurar desvios de conduta de PMs. Segundo ele, foi justamente devido ao empenho de Vaneza em suas investigações que ela foi executada. Nesta quinta-feira, a 2ª Vara Criminal da Capital determinou que Zinho fosse transferido para um presídio federal de segurança máxima fora do estado, a pedido do Ministério Público.

Como o Blog Segredos do Crime adiantou nesta quinta-feira, Vaneza, assassinada em novembro do ano passado, investigava cerca de 400 policiais militares de uma lista de mil suspeitos de atuar nas milícias e na contravenção do Rio. Seu enfoque principal era a área de Santa Cruz, na Zona Oeste, onde ela morava. A apuração dela começou em 2022 e incluía Zinho e integrantes de sua quadrilha, como Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, que vem comandando as áreas do chefe.

Vaneza foi executada na porta de casa, por volta de 21h do dia 24 de novembro do ano passado. Fazia parte de sua rotina sair de casa, neste horário, para ir à academia de ginástica com a companheira. Imagens de câmeras de segurança da rua onde ela morava mostram um homem encapuzado se aproximando da vítima e atirando nela. Em seguida, o atirador entrou num carro que lhe dava cobertura.

No início deste mês, agentes da DHC e da Corregedoria da Polícia Militar prenderam o subtenente Leonardo Vinicio Affonso, no 27º BPM (Santa Cruz), onde estava lotado. De acordo com as investigações, antes de trabalhar no quartel da Zona Oeste, Affonso atuou na mesma unidade de Vaneza, a 8ª DPJM, até pouco antes da execução da cabo. A DHC e a Corregedoria da Polícia Militar apuram se Affonso tem vínculos com a milícia, como um informante de algum grupo.

Fonte: O Globo/Foto: Reprodução/Facebook.

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